Capítulo V Durante muito tempo, Berezio Borrabosta foi o “puxa-saco”, no mais profundo significado da expressão, do barão-mor da terra do líquido branco, viscoso e perigoso. Viveu sob a égide do baronato com a mesma serventia dos antigos escravos da favela de pau e barro que cresceu na cercanias da casa alva do barão e sua troupe familiar. Berezio Borrabosta jamais pensou em sair das barras da saia do barão, porque ali comia, bebia, dormia, ria e confundia suas idas solitárias ao matagal com as investidas noturnas do barão que vez por outra, após sorver alguns copos do líquido viscoso e perigoso, adorava fazer em Berezio Borrabosta, a menina que não existia em sua vida, mas que povoava seus sonhos luxurientos toda vez que o tal líquido subia, em forma de efervesente água quente ao cérebro do dono das terras, da casa alva, dos homens e dos “puxas-saco” como Beresio, cujo cacoete era chamar todo mundo de bicho, colocando apelido com nome de aminal em todas as pessoas que conhecia. ...