"Eu quero morar na propaganda do prefeito"
(Marcus Ottoni - jornalista)
Resisti enquanto pude para escrever este texto. Até porque o
vídeo que desmascara a propaganda enganosa do prefeito Carlos Eduardo (o
representante da decadente oligarquia Alves no Poder Público municipal de Natal)
está sendo postado por centenas de internautas nas redes sociais, o que por si
só basta para que parte significativa do eleitorado natalense não caia na
mentira de uma “cidade maravilha”, como aconteceu em 2014, quando Dilma com o
seu “Brasil maravilha” e que depois da eleição tornou-se o Brasil real dos
brasileiros... e deu no que deu.
O que estamos vendo na televisão é uma cidade que não existe
e um gestor que se esconde atrás de uma narrativa de crise para justificar sua “heroica
administração” para garantir aos natalenses uma cidade modelo com uma gestão
exemplar. Além desse discursinho de porta de botequim, o representante da
decadente oligarquia Alves na prefeitura de Natal ainda se apresenta como um
tipo de “super herói” que salvou Natal das garras da bruxa má Micarla de Souza,
voraz destruidora de cidades.
De herói o prefeito nada tem, nem mesmo pose. Mais parece um
daqueles personagens do carnaval pernambucano de Olinda, como o caracterizou um
adversário em uma outra disputa pela prefeitura da capital. Se nada tem de
herói, pouca coisa tem de gestor competente. Basta fazer uma retrospectiva de
suas ações no Poder Público para constatar que o herói e o gestor são falácias e
não a realidade de um personagem que se vende numa propaganda muito bem
planejada.
Primeiro porque reorganizar uma cidade desmantela pela
incompetência da gestora anterior não é nenhum feito heroico, é obrigação de
quem disputou o voto do natalense prometendo tirar a cidade do caos. Depois
porque o papel do gestor é realizar ações e obras que melhorem a vida dos
habitantes da cidade não existindo aí qualquer mérito que não seja o do
cumprimento do dever do cargo. Político não é autoridade, é servidor do povo contratado
pelo povo por meio do voto para melhorar a vida na cidade onde mora o povo que
o elegeu e também o povo que não votou nele.
De gestor competente e herói natalense o prefeito representante
da decadente oligarquia Alves (aquele que esconde a sigla do seu partido porque
o PDT é um fiel cão de guarda do lulopetismo e defende a volta do PT ao governo
federal com Dilma, Lula, etc) nada tem. Pior, segue no rito de Joseph Goebbels*
onde a mentira repetida várias vezes se faz verdade na crença dos menos esclarecidos
e na mente e coração dos interessados de ocasião e na tropa de choque daquele
que conta um conto como canto de sereia que esconde a maldade no verdadeiro
interesse que o faz mentir, mentir, mentir....
O vídeo “quero morar na propaganda do prefeito” mostra a
verdadeira Natal muito diferente da que aparece maquilada na propaganda
eleitoral do prefeito candidato a reeleição (aquele representante da ...). A
não ser a vontade de reeleger-se para um mandato curtíssimo, de apenas um ano,
já que é de conhecimento público que, se reeleito, o prefeito renuncia no
início de 2018 para disputar o governo do Estado contra o atual governador
Robinson Faria, todo o resto da propaganda eleitoral dele é um faz de conta que
é real, como na história “Alice no país das maravilhas”.
Ou melhor, como fez Dilma, em 2014, depois de enfiar o país
no caos e para esconder o desastre pintou um “Brasil maravilha”, enganando o
eleitor no maior estelionato eleitoral da história do país. Natal não pode se
dar ao luxo de entrar para a história repetindo o feito petista na reeleição de
Dilma Rousseff.
*Paul Joseph Goebbels: Político alemão devoto apoiante de
Adolf Hitler, ficou conhecido pela sua capacidade oratória em público e pelo
seu profundo e fanático anti-semitismo, que o levou a apoiar o extermínio dos
judeus no Holocausto. Após a chegada ao poder dos nazis em 1933, Goebbels
torna-se ministro da Propaganda do nazismo e rapidamente consegue o controlo
absoluto da imprensa, arte e informação na Alemanha. Era um particular adepto
em usar rádios e filmes para fins de propaganda.
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