PMDB de Henrique Alves assume a prefeitura em 2018 se Carlos Eduardo for reeleito agora em 2016




(Marcus Ottoni - jornalista)
  Enfim, caiu a máscara do candidato à reeleição para o cargo de prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), representante da decadente oligarquia Alves. O principal homem da “tropa de choque” do prefeito, vereador Ranieri Barbosa, confessou publicamente que a reeleição de Carlos Eduardo tem o objetivo de aparelhar a prefeitura para impulsionar sua candidatura ao governo do estado em 2018, entregando, de bandeja, o Pode Público da capital para o partido do primo Henrique Alves, ex-ministro denunciado por envolvimento no maior esquema de corrupção da história do Brasil e, de quebra, amicíssimo do ex-deputado cassado, Eduardo Cunha, ambos do PMDB.
  A confissão do líder da “tropa de choque” de Carlos Eduardo é, ainda, a confirmação do que o blog vinha divulgando já há algum tempo: a reeleição do atual prefeito representante da decadente oligarquia Alves representa o maior estelionato eleitoral a ser aplicado no povo de Natal. Desde o início da campanha com a liberação do horário gratuito na televisão e nas rádios, que os sinais do “golpe eleitoral” se tornaram mais evidentes na postura de campanha do candidato do PDT à reeleição para prefeito de Natal.
  A semelhança da sua propaganda eleitoral com a da então candidata a reeleição para presidente Dilma Rousseff (PT) não é mera coincidência. É o mesmo caminho traçado pelo marqueteiro João Santana para enganar o eleitor e esconder a realidade de uma cidade que vive sobressaltada pela onda de violência, com deficiência em quase todos os setores da gestão pública, ancorada pela omissão do atual prefeito e tida pelo clã Alves como propriedade de sua família cuja decadência é notória, recheada de adesismos de ocasião e vantagens oportunistas ao sabor da onda política do momento no Brasil. Até o vice é do mesmo partido que derrubou Dilma Rousseff com a ajuda do ex-deputado Eduardo Cunha, todos do PMDB.
  Com a confissão do vereador Ranieri Barbosa sobre a intenção do grupo comandado pelo prefeito Carlos Eduardo Alves, cuja renuncia ao cargo de prefeito no início de 2018 é parte da estratégia familiar para entregar a prefeitura ao PMDB, vem à tona o que já se sabia há muito tempo e que partidos nanicos alinhados a candidatura do prefeito pregavam em suas reuniões internas aliciando seus candidatos a vereador para “um futuro melhor” com a prefeitura nas mãos de Henrique Alves, via Álvaro Dias, a partir de 2018.
  Além disso, a confissão pública de Ranieri Barbosa pega na mentira o candidato do PDT, Carlos Eduardo Alves, que em recente entrevista na Inter TV Cabugi, em um telejornal ao vivo para todo o Rio Grande do Norte, afirmou que, caso reeleito, irá cumprir os quatro anos do mandato de prefeito e que não há qualquer possibilidade de renunciar ao cargo em 2018 e entregar o comando da prefeitura para o partido do primo Henrique Alves. E foi mais longe, respondeu, jocosamente, a indagação do jornalista sobre sua provável candidatura ao governo do estado em 2018, dando a entender que era “intriga da oposição”.
  A candidatura à reeleição do atual prefeito, representante da decadente oligarquia Alves, é, na verdade, um engodo e um rosário de falsos propósitos, cujo objetivo verdadeiro é aparelhar a prefeitura de Natal em 2018 para ser candidato ao governo do estado e tentar vencer a disputa contra seu ex-colega de Assembléia Legislativa e atual governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, do PSD.
  E aparelhar o Poder Público significa encher a prefeitura de Natal de agregados políticos da capital e do interior para amparar, não apenas a eleição majoritária, mas a eleição de dezenas de “penduricalhos políticos” de vários partidos inexpressivos que querem um representante na Assembléia Legislativa e que para isso necessitam do Poder Público e topam qualquer maracutaia eleitoral. A conta desse festival de sandices políticas é paga pelo contribuinte.
  Para isso, o atual prefeito e sua aloprada “troupe política” não medirão esforços para atingir os objetivos traçados pelo Clã Alves e potencializar o poder da decadente oligarquia Alves no Rio Grande do Norte. Com o domínio da prefeitura em 2018, o ex-ministro Henrique Eduardo Alves, denunciado por envolvimento no propinoduto da Petrobras, como o seu leal amigo do PMDB, o ex-deputado cassado Eduardo Cunha, terá conseguido bionicamente o que o povo de Natal lhe negou por duas vezes: comandar o Poder Público da capital do Rio Grande do Norte.

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