Até quando o sangue dos inocentes vai sujar as mãos do governador?


(Marcus Ottoni – jornalista)
  Até quando o sangue dos inocentes vai sujar as mãos do governador Robinson Faria pela sua incompetência no combate ao crime organizado que domina o estado, criando uma triste e trágica estatística fúnebre para o Rio Grande do Norte? São famílias enlutadas pela perda de seus entes queridos que assistem ao descaso de um governo que se esconde por trás de desculpas esfarrapadas para justificar sua inoperância na segurança pública colocando a sociedade à mercê dos criminosos que atuam a qualquer hora do dia e da noite causando terror e insegurança para  a população ordeira.
  Carregar o sangue dos inocentes nas mãos parece não incomodar o governador Robinson Faria, mas causa indignação à toda a sociedade por ser ela quem paga as contas da gestão pública no Rio Grande do Norte, além, é claro, de garantir a segurança pessoal das tais “otoridades” que na verdade são empregados do povo e não fariseus impregnados de inspiração celestial protegidos pelo dinheiro da sociedade.
  Mas não é apenas o governador Robinson Faria o responsável pela chacina na sociedade civil que marca essa gestão pública do estado. Deputados estaduais e federais, senadores, prefeitos, vereadores, juízes, promotores e procuradores estaduais e federais tem sua cota de responsabilidade e, também, estão sujando as mãos com o sangue dos inocentes que são cruelmente assassinados pelo crime organizado. Os padres e bispos também tem sua participação nesse caos macabro.
  Todos tem sua parcela de culpa porque assistem, com a bunda afundada em suas giroflexs públicas, a execução de homens, mulheres, jovens, idosos e até crianças quase que diariamente, reagindo apenas com discursos e debates inócuos. Até porque, essa realidade trágica não os atinge, nem a eles, nem a seus familiares que estão protegidos pelos recursos garantidos nos impostos pagos pela sociedade. Isso sem falar nos policiais que são exterminados fria e covardemente pelos marginais numa contabilidade trágica que assombra e revolta não apenas a corporação, mas toda a sociedade ordeira.
  Essas “otoridades” estão manchando suas mãos com o sangue dos inocentes. Quantos mais serão precisos para que elas despertem que não dá mais para conviver com a insegurança e omissão de um governo ineficaz no combate a criminalidade? Quanto mais de sangue inocente será preciso para  sujar as mãos das tais “otoridades” para que deixem seus gabinetes e atuem efetivamente no combate ao crime organizado dando à sociedade a segurança que a constituição diz ser direito do cidadão e dever do Estado? Quantas mais Micaelas terão que morrer assassinadas em seu ambiente de trabalho para que essas “otoridades” tenham coragem de assumir a luta contra o crime organizado e limpar o Rio Grande do Norte desse flagelo que assombra, assusta e intimida qualquer cidadão ou cidadã de bem?
  Reuniões e discursos não tem lugar nesse momento. O que deve prevalecer é a ação efetiva, repressora e punitiva para quem optou pelo caminho da transgressão e enveredou pelas estradas do crime organizado colocando em xeque a vida da população e fazendo do dia a dia da sociedade uma rotina de insegurança e terror. Debates sobre causas e consequências desse flagelo macabro não resolvem o problema. Apenas produzem efeitos midiáticos eleitoreiros que em nada garantem a segurança para a população do Rio Grande do Norte. É preciso agir com determinação e firmeza no combate aos criminosos antes que o sangue dos inocentes manche todo o estado, transformando-o num gueto transgressor da federação dominado pelo crime organizado de norte a sul, de leste a oeste, inclusive com controle dos poderes públicos.
  Não sei se o governador Robinson Faria e todas essas “otoridades” do estado conseguem enxergar o sangue dos inocentes em suas mãos quando se lavam pela manhã, quando sentam à mesa com seus familiares, quando adormecem em segurança em suas casas, quando rezam (se é que rezam), enfim... quando atravessam o dia em solenidades com risos francos regados a canapés e uísques importados. Não sei...mas o sangue está lá...
  Mas sei, e tenho certeza, que mesmo com o sangue dos inocentes em suas mãos, no ano que vem estarão nas ruas, nas casas e nos comércios apresentando soluções para todos os problemas vividos pela sociedade, inclusive com projetos e planos para combater a criminalidade e garantir segurança para a população. Irão apertar as mãos do povo honesto e trabalhador com o sangue dos inocentes em suas mãos.
  Disso eu tenho absoluta certeza...

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