Sem Lula, é golpe!
![]() |
Sérgio Cabral, Marcinho VP, Beira Mar, Lula da Silva, Marcola e Eduardo Cunha |
(Marcus Ottoni - jornalista)
É de se admirar a “idolapatia” que uma pequena e ruidosa parte da sociedade brasileira tem pelo cidadão Luiz Inácio Lula da Silva, duas vezes presidente do Brasil e o primeiro ex-presidente do país a ser condenado, já em segunda instância, para passar 12 longos anos atrás das grades num presídio comum, com opções em São Paulo, Brasília ou no Paraná, ou mesmo qualquer outro presídio federal no território nacional.
A “idolapatia” lulopetista beira as raias da insanidade, a mesma doença que levou a Alemanha a promover uma guerra mundial motivada pela idolatria inconsequente do povo alemão, venerando o então ex-cabo militar Adolf Hitler e transformando-o no protagonista do mais sangrento e hediondo período da história mundial. São os mesmos sintomas, tanto na Alemanha na década de 30, como aqui no Brasil nos dias de hoje.
Seria cômico se não fosse trágico. Porque acreditar num falacioso discurso de que o tal senhor nordestino, aquele que sacrificou o dedo mindinho na fábrica para se aposentar jovem e nunca mais dar um prego numa barra de sabão, é o responsável por programas e obras que impulsionaram o país rumo ao primeiro mundo, realizando a promoção social de uma camada excluída da sociedade brasileira e resgatando a dignidade de uma população marginalizada ao longo de mais de 400 anos pela elite capitalista nacional, é no mínino desconhecer a história do Brasil e acreditar em coelhinho da Páscoa, Papai-Noel, Saci Pererê, mula sem cabeça, conde Drácula, entre outros seres do imaginário popular.
Um desses esquerdopatas que idolatram o Lula, tal qual os alemães idolatraram Hitller na Alemanha nazista, postou na rede social uma relação de feitos extraordinários creditados ao petista mor de fazer inveja a qualquer estadista do mundo, num total de 66 ações que colocam o senhor Luiz Inácio Lula como o supra sumo do político nacional, onipotente e onipresente, senhor absoluto de competência e solidariedade com a nação brasileira (e algumas ditaduras do mundo).
Percorrendo a listagem das pseudo ações do ex-presidente que vai em cana, uma coisa nunca jamais vista na história da República, nota-se a apropriação de ações e programas de terceiros, alguns maquiados e outros abandonados numa sopa de siglas que confunde qualquer um que se deixe emprenhar pelos ouvidos e dança conforme o ritmo do maniqueísmo político do cordão vermelho contra o cordão azul.
A dar a autoria de tantas ações para o senhor Lula da Silva tem-se a ligeira impressão de que ele obrou muito enquanto esteve presidente do Brasil e que a cagada maior foi culpa da Dilma Rousseff que ele colocou na presidência para esquentar a giroflex do Palácio do Planalto para sua volta enquanto ele desfrutava dos benefícios da propinação, instituída por ele e paga pelos grandes empresários nacionais do ramo da construção civil. Deu no que deu: Lula obrou muito e Dilma cagou tudo.
Mas o que impressiona não é a surrupiação de obras e programas alheios pelo petista, ou pelos fanáticos do lulopetismo que lhe atribuem a autoria das 66 ações listadas. O que causa espanto não é nem a cara de pau desse pessoal, mas a idolatria insana por uma pessoa que roubou e ajudou a roubarem o tesouro nacional e as riquezas do país e, mesmo assim, denunciado até por seus amigos mais íntimos como ladrão e corrupto, ainda é tido como um um ser intocável e inimputável, venerado como se fosse uma divindade do mundo das cobras peçonhentas, tipo jararaca nordestina do sertão pernambucano cheia de veneno divino.
Venerar bandido é um desvio de conduta do povo brasileiro que vem de longa data e encontra respaldo junto às tais autoridades do país, principalmente aquelas favorecidas por esses bandidos quando detinham o poder de mando e escolha de seus subordinados e subalternos. Agora gritam e esperneiam com um mantra robustecido pela necessidade de garantir mandatos na eleição deste ano e pela condenação do ex-presidente petista.
“Eleição sem Lula é golpe!”, parece soar como chororô de uma canção esquerdopata desafinada. Pela ótica dos lulopetistas zumbis esquerdopatas, e para manter a coerência além de afinar o mantra seria bom que fosse acrescentado a essa "palavra de ordem" os nomes de outros criminosos que cumprem pena condenados pela Justiça. Ficaria mais correto a esquerdopatia aloprada mudar o mantra para: “Eleição sem Lula, Beira Mar, Marcola, Marcinho VP, Sérgio Cabral, Eduardo Cunha é golpe!”. Fica mais alinhado com o pensamento esquerdopata do lulopetismo e seus idolatras insanos e irresponsáveis.
Fica a dica.
Comentários
Postar um comentário