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Mostrando postagens de outubro, 2017

Fora Temer e fora todos os políticos da "alcateia parlamentar" do Brasil

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(foto internet) (Marcus Ottoni – jornalista)   Que o governo Temer politicamente é um desastre, isso não é novidade para ninguém. Se na economia os ministros vão acertando e contribuindo para que o país respire um pouco e comece a deixar a zona de caos em que a ex-presidente Dilma Rousseff enfiou o Brasil, na política a coisa vai de mal a pior com tendência ao desmonte acelerado de sua base no Congresso Nacional e da total desmoralização popular de um governo que tem em seu DNA político o legado lulopetista da corrupção e da demagogia fanfarronizada.   O que não dá para entender é porque partidos cujo histórico sempre o colocaram na vanguarda política do país agora se misturam no caldo podre de um governo que está aí por circunstâncias constitucionais, mas que deveria ter sido apeado do poder na ação movida pelo, não menos corrupto, PSDB contra a chapa dos 54 milhões de votos duvidosos Dilma/Temer. Mas, foi absolvido pela intolerância social da maioria do Tribunal Superior E

Optar pelo gestor político ou pelo gestor empresário?

(Marcus Ottoni – jornalista)   Há dois tipos de gestores públicos que se colocam antagonicamente no exercício da função.  Um, oriundo do mundo político sem qualquer atividade na área da administração, mas carismático e sempre apresentando aos eleitores soluções mirabolantes para os problemas normais de uma gestão pública em todas as áreas, se caracteriza como político profissional.    Outro, com histórico empresarial ao longo de sua vida e, geralmente, estreante na atividade política para onde foi direcionado como agente da transformação da gestão pública com desempenho semelhante ao implantado numa grande empresa com problemas diversos e com soluções pontuais e peculiares, é o que se classifica como empresário político.   Ambos vão encontrar os mesmos desafios durante seus mandatos. Para vencê-los e garantir a sociedade seus direitos fundamentais irão ter que usar toda experiência acumulada até então e colocar em prática o que acreditam ser o melhor caminho para resolver as que

São legítimos, constitucionais e corruptos

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(Marcus Ottoni – jornalista)   O governo Temer não é ilegítimo e muito menos golpista. É o legado constitucional do lulopetismo com todas as mazelas oriundas dos governos Lula da Silva e Dilma Rousseff, incluso no pacote a corrupção institucionalizada e as mesmas ferramentas usadas pelos governos que o antecederam para corromper, aliciar e manter-se no poder custe o que custar.   Não há erro em afirmar que o governo Temer é legítimo, constitucional, corrupto e corruptor haja vista seu histórico ao longo dos quase 20 meses em que comanda a República. Além disso, trás em seu DNA o estigma da roubalheira dos cofres públicos com ou sem laranjas, uma quadrilha supra partidária sensível a propinas e privilégios, além de ter em sua órbita o mais hediondo e nefasto parlamento que a história republicana do Brasil já produziu, sem falar em um Judiciário comprometido até a medula jurídica da Corte com práticas pouco recomendadas a seus ministros.   Por isso, fica descabida, desatualiza

O problema do Brasil não é o Aécio Neves

(Marcus Ottoni – jornalista)   A grita é geral nas redes sociais com quase a unanimidade dos internautas indignados com a decisão do Senado Federal que, por 44 votos contra 26, devolveu o mandato e os privilégios do senador tucano de Minas Gerais, Aécio Neves (meu conterrâneo de São João del Rey). Na imprensa nacional o resultado da votação no Senado também causou o direcionamento das reportagens sobre o assunto para o viés da “pseudo indignação” das editorias de política dos telejornais, dos diários impressos e nos portais de notícias mais à esquerda. Tudo politicamente correto se o problema do Brasil se resumisse no senador Aécio Neves.    O problema do Brasil é muito maior, politicamente falando (ou escrevendo). Não exclui nem mesmo o Judiciário e sua proteção e zelo pela Constituição, muitas vezes rasgadas na cara do cidadão como no caso do impeachment da Dilma Rousseff que foi cassada mas manteve seus direitos políticos intactos. Se fosse só o Aécio, seria bom demais. Tudo es

A Nova Ordem: a saída do caos

(Marcus Ottoni - jornalista)   O estado é laico e o país é democrático, ponto. O caos institucional é real e a horda de políticos inescrupulosos compõe a maioria dos poderes legislativos federal, estaduais e municipais. A Justiça não é mais cega e aplica a lei com um olho no gato e outro no peixe interpretando-a pelas brechas que os legisladores inseriram quando as aprovaram. A desmoralização da República não é um acidente de percurso, é proposital e tem seu objetivo criminoso: ignorar a sociedade e manter os privilégios de uma casta que não mais nos representa.  Então o que fazer? Participar da “farra da demagogia” garantindo legalidade a impunidade? Colaborar para enriquecer o mantra falacioso dos picaretas de colarinho branco, seus séquitos de beija-mão e seus aloprados de causa personalista? Ser mais um inocente útil a gerar legitimidade para bandidos e assaltantes dos cofres públicos e suas maracutaias institucionais? Assistir a pirotecnia jurídica da mais alta corte do Brasi

Assembleia Nacional Constituinte em 2018

(Marcus Ottoni – jornalista)   Se na economia o país emite sinais positivos de recuperação, apresentando índices que apontam, mesmo timidamente, a saída do Brasil da recessão imposta pelo desastroso governo petista de Dilma Rousseff, na política a coisa vai de mal a pior levando cada vez mais a sociedade a desacreditar nos atuais “representantes do povo”, muitos deles com o rabo preso no crime e a cabeça no caminho da guilhotina, se não da Justiça, do eleitor certamente.   O descompasso entre a classe política brasileira e a vontade da sociedade é real palpável e pode ser visto a olho nu, ou melhor, visto, ouvido e confirmado pelas ações inescrupulosas perpetradas no Congresso Nacional, não apenas pelos “beija-mão” dos alinhados ao governo Temer, mas também pelos esquerdopatas umbelicalmente ligados ao lulopetismo, responsável pelo legado de corrupção e desonestidade recorrente no Brasil nos últimos 14 anos.   Na contramão da vontade da sociedade brasileira, os congressistas vão

Poemas de Arkimedes Pouchart (II)

A sina assassina (Arkimedes Pouchart) A arma empunhada e pronta A vida amarrada e pronta A bala segue sua trajetória O peito revela seu destino Assim, a sina assassina A lágrima rola no rosto O riso abre os lábios A dor marca a perda A ironia é a felicidade alheia Assim, a sina assassina O corpo cai no chão O fuzil se perfila ao corpo O chão sujo de sangue  As mãos do sangue se limpam  Assim, a sina assassina Quem tomba morto pelo fuzil Não morre em vão pelo Brasil Quem mira o tiro e dispara a bala Apodrece na história da Pátria Assim, a sina assassina Os que partem assim com o mesmo fim São os que ficam para sempre na memória  São guerreiros de uma batalha sem fim  São prisioneiros da liberdade e da história  Assim, a sina assassina Vá boca ousada, canta tua canção Vá peito aberto, enfrenta a tirania Vá mão destemida, faça na luta a união Vá coração amigo, constroi a rebeldia.  Assim, a sina assassina

Poemas de Arkimedes Pouchart (I)

Liberdade (Arkimedes Pouchart) A mão que cerra o punho e fecha o gesto E o braço que a ergue na contra luz do horizonte Não é apenas uma mão solitária É uma e mais mil que se revelam para a história O grito que brota no peito  E sobe garganta a fora até a boca escancarada Não é apenas um som solitário É a rebeldia da multidão que se arma com a voz O peito que enfrenta a arma E se coloca na mira do fuzil macabro Não é apenas um corpo solitário É mais, mil vezes mais, do que um apenas e só A mente que fere a opressão  E explode na consciência da multidão Não é apenas um pensamento solitário É a vontade de liberdade multiplicada e sem fim  A vida que combate o terror E dilacera as estranhas do pavor Não é apenas parte de um ser somente e único É o coletivo da certeza de que um novo dia chegou. A liberdade nunca será tarde... nem tardia.