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Mostrando postagens de dezembro, 2016

Hora de sacrificar os poderes da República

(Marcus Ottoni – jornalista)   O melhor retrato da era PT é o caos no qual as gestões Lula e Dilma enfiaram o país, principalmente os estados e municípios. Criaram um “Brasil Maravilha” e fizeram todos os governadores e prefeitos embarcarem nessa barca furada que agora, além de fazer água, está naufragando todos os governos estaduais e municipais. Mas a culpa não é apenas do PT/PMDB, aliados na propositura do caos nacional, os governadores e prefeitos tem uma grande parcela de culpa e não pode deixar de serem responsabilizados pela atual situação dos estados e municípios, falidos até a “quinta geração”.   O grande problema do Brasil é o vício de costume. Há sempre uma desculpa para os erros e uma solução paliativa para amenizar o problema, o que não coloca um ponto final no caos, apenas retarda sua expansão e seus efeitos colaterais em todos os segmentos da sociedade brasileira. Nenhum político quer pagar o preço por uma administração negativa e entrar para a história como um gest

Por que só agora senhor Obama?

(Marcus Ottoni – jornalista)   Enfim, cai a máscara do democrata Barack Obama no apagar das luzes de seus oito anos dirigindo a nação mais poderosa do planeta. Derrotado na eleição deste ano quando viu sua protegida política perder a disputa para um magnata arrogante, Obama não resistiu ao revanchismo e deu início ao armamento de “bombas” de efeito retardado para explodirem politicamente no colo do futuro ocupante da White House.   A estratégia do “democrata Obama” é a mesma dos políticos populistas latino-americanos quando são apeados do poder por meio de eleição e perdem o lugar ao sol e os holofotes sobre seus comportamentos “politicamente corretos” fruto do patrulhamento ideológico dos esquerdopatas internos e externos. No caso de Obama a recente medida tomada pelo presidente derrotado no final de seu mandato tem como foco criar dificuldades internacionais para o seu sucessor que será obrigado a desmontar as tais “bombas” deixadas por Obama e que, certamente, serão alvos de pr

O "politicamente correto" cultural

(Marcus Ottoni - jornalista)   Assistindo aos jornais da madrugada/manhã na televisão, me surpreende o comportamento “politicamente correto” dos jornalistas que ancoram os telejornais. “Politicamente correto” sob a ótica do patrulhamento ideológico que mistura utopia com necessidades básicas da população, desconsiderando a história e o legado de mais de uma década de desmandos administrativos e políticos.   Além, é claro, da defesa da “cultura da ilegalidade” como demonstrou numa reportagem sobre a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal que manda o governo do Rio Grande do Norte devolver para a União algo em torno de 200 milhões de reais, repassado pelo Fundeb, carimbado para a educação. Seguidamente o apresentador repetia que o dinheiro era destinado ao pagamento dos salários dos professores e que a devolução irá comprometer o pagamento dos vencimentos do pessoal da educação.   Mas o que mais impressiona a cultura do “politicamente correto” para cair nas graças da ideo

"...e vivemos como nossos pais..."

(Marcus Ottoni – jornalista)   Os últimos acontecimentos envolvendo a classe política brasileira com o vazamento parcial de delações premiadas de executivos da construtora Odebrecht não é surpresa para ninguém. Desde que a operação “Lava Jato” foi desencadeada em Curitiba, ainda no governo da ex-presidente petista Dilma Rousseff, todo mundo já sabia que a corrupção institucionalizada pelo lulopetismo não se restringia apenas ao Partido dos Trabalhadores como beneficiário do dinheiro roubado e transferido para políticos via propina.   A sociedade brasileira não é tão ingênua que não tenha consciência de que o esquema montado pelo PT na Petrobrás com participação das grandes empreiteiras brasileiras não ficaria restrito a estatal sem contaminar diversas obras pelo país afora com a participação de políticos de vários partidos, principalmente aqueles ligados a base de sustentação política do lulopetismo no Congresso Nacional.   O que está se vendo atualmente é o retrato de um períod

Lucidez e Diálogo

(Cristovam Buarque - Senador pelo PPS-DF)   O que diria Dom Hélder Câmara se estivesse conosco nesses momentos de alta e perigosa turbulência política, com falência fiscal do Estado e profunda crise econômica? Propus essa reflexão durante a solenidade de entrega da Comenda Dom Hélder Câmara, que aconteceu no Senado, na última terça-feira.   Um dia que mostrou a gravidade do momento e os riscos de um conflito institucional ameaçando a democracia; dia em que um dos ministros do Supremo determinou o afastamento do presidente do Congresso, que, por decisão da Mesa Diretora do Senado, recusou cumprir a ordem judicial.   Isto, em meio a uma profunda crise econômica, que exige decisões rápidas, sem as quais a economia se deteriorará a ponto de provocar ruptura no tecido social. O que se viu nesse dia foi a manifestação de um imbróglio jurídico de proporção destruidora do equilíbrio institucional, em que um lado parece acender o fósforo e o outro jogar a gasolina.   Isso acontecendo n

PT e seu ódio ao povo brasileiro

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(Marcus Ottoni – jornalista)   O histórico do Partido dos Trabalhadores revela que a agremiação fundada sob a liderança do metalúrgico Luiz Inácio da Silva no estertor da ditadura militar e com o dedão e aval do general Golbery do Couto, então chefe da Casa Civil do governo militar de Ernesto Geisel, para dividir o MDB e criar uma cisão na oposição ao regime militar, nunca esteve ao lado do povo brasileiro nos momentos mais críticos da República quando a sociedade precisou da união de todos os políticos para atravessar e superar crises e se desenvolver melhorando da qualidade de vida de todos os brasileiros.   O ideário petista que, após a ascensão ao governo federal em 2002, tornou-se estratégia lulopetista de ação política, traz em sua concepção a promoção do “caos anunciado” como forma de estabelecer a ruptura social e com partidos adversários do PT, criando condições favoráveis para que o partido do lulopetismo ganhasse eleições e se enraíze no Poder Público como se um governo

Crônica da quinta-feira

(Marcus Ottoni – jornalista)   Quando nasci, lá pelos idos de 1954, um anjo pirado, desses que vivem com a cabeça cheia de bagulho, me disse assim que respirei pela primeira vez na vida: vou sacanear tua existência. Sussurrou ele ao meu ouvido com um silvo celestial. Na ocasião não entendi bem, mas achei que sacanagem era uma coisa boa e, na minha inocência de recém-nascido, até agradeci o tal anjo caído sem ao menos saber falar ou emitir sons de qualquer tom.   E assim minha vida foi seguindo seu rumo sem o destino que nunca tive e que sempre persegui sem saber o que estava procurando e porque procurava algo que nem sabia o que era. Mas segui na trilha da sacanagem angelical daquele anjo que nem sequer tenho lembrança de como era ele. E fui em frente com a ansiedade daqueles que vão ser sacaneados por quem não se sabe quem e quando e como.   Mas em toda minha trajetória, nesses mais de 60 anos, sempre ouvi uma voz se manifestando dentro de mim nos momentos em que estive em situ