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Mostrando postagens de agosto, 2017

Ainda sobre renovar e continuar

(Marcus Ottoni – jornalista)   Como se diz lá pelas Gerais, “se conhece o demônio quando jogamos luz sobre suas trevas”. Um dito oportunamente bem colocado quando a encruzilhada das decisões nos oferece dois caminhos a seguir: renovar a caminhada ou continuar na pisada ultrapassada.   É bem verdade que muitos fazem a opção pelo continuísmo por mera questão de acomodação e omissão diante de um processo que envolve o destino de uma categoria profissional, ou qualquer outro grupo social cuja escolha de seus dirigentes esteja em debate. Nesse caso, o mal que se perpetuará para eles é indiferente poque não conseguem assimilar o efeito de se cuspir para cima.   Outros, mais conscientes e preocupados, optam pela renovação porque o modelo atual esgotou-se em sua própria hibernação demagógica e consumiu-se autofagicamente por pura inconsistência na construção da modernidade de suas posturas. Os que fazem a escolha pela renovação sabem que ela abrirá as portas da entidade para todos os as

Quando a renovação ameaça o continuísmo

(Marcus Ottoni – jornalista)   O que os ditadores encastelados no Poder temem é a renovação, a mudança do perfil gestor da entidade que eles controlam, muitas vezes, há décadas. A renovação coloca em xeque a concepção dos ditadores de que a entidade é propriedade particular e a ele pertence para o resto da vida. A renovação também obriga o ditador de plantão a retomar suas atividades profissionais tirando dele o benefício do salário sem a obrigação de cumprir seu horário de trabalho na empresa ou serviço público.   Renovar é necessário porque oxigena a entidade e promove a transformação do modelo gestor envelhecido e ultrapassado por uma nova concepção administrativa, mais participativa, mais democrática, mais próxima do verdadeiro interesse do conjunto social que compõe e mantém a entidade em atividade produtiva, interagindo com seus associados de forma contemporânea, globalizada e plural.   A renovação é uma arma poderosa nas mãos de quem quer transformar sua entidade de class

A última manhã de sábado de agosto

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(Marcus Ottoni – jornalista)   Eu até pensei em escrever um artigo mais leve, tipo aqueles que falam de manhãs ensolaradas, café forte cheirando na cozinha, cuscuz com ovos mexidos mal passados, descompostura visual, cabelo desalinhado, cara de sono e preguiça grande por todo o corpo... Vontade de ficar estirado na cama envolvido com o sonho que me levou até o grande amor que um dia perdi e nunca mais consegui recuperar ou encontrar outro que substituísse aquele que adormeceu em meu coração eternamente.   Pensei e pensei... Alinhavei as palavras, uma a uma, tentando usar o mesmo critério dos escritores renomados que buscam as mais simples palavras para traduzir grandes sentimentos. Analisei cada uma na construção das frases desse artigo bucólico talvez, mas cheio de aroma de manhã de sábado na beira mar. E durante alguns minutos me vi como um arquiteto desenhando um texto com saboridade de “picolé de espumoni” do Bar do Galo e sonoridade de canção mineira do “Clube da Esquina”

O Pior Déficit

(Cristovam Buarque - Senador PPS-DF)   O Congresso Nacional se prepara para saltar da responsável aprovação do teto nos gastos públicos para a irresponsável aprovação do desvio de R$ 3,6 bilhões, com o objetivo de financiar as campanhas eleitorais no próximo ano. Um dia, preocupado, o povo assiste o Presidente da República dizer que o Brasil sofre a falência dos serviços públicos por falta de dinheiro; no outro, perplexo, assiste que haverá dinheiro para financiar campanha milionária: R$ 2 milhões por cada eleito – deputados federais e estaduais, governadores, presidente; R$ 30,00 pago por cada eleitor.    Ao assistir estes dois fatos: falta de dinheiro para os serviços e dinheiro sobrando para as eleições, o povo desacredita ainda mais de seus governantes, sobretudo depois do reconhecimento de um déficit de R$ 159 bilhões em 2017. A oposição também fica desacreditada ao tratar o povo como se ele não soubesse que este déficit foi provocado sobretudo pela irresponsabilidade de seu

Lideranças comunitárias da Zona Norte de Natal vestem a camisa do PCD

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O grupo de coordenação do PCD/RN  (Da redação)   As lideranças comunitárias da capital do Rio Grande do Norte responsáveis pela fundação do Partido Consciência Democrática (PCD) no estado estiveram reunidas nesta sexta-feira, 18 de agosto, quando foi definida a estratégia de coleta de assinaturas para ajudar na oficialização da legenda junto ao Tribunal Superior Eleitoral. Paralelamente a coleta das assinaturas de apoio a fundação do PCD, os líderes comunitários estarão realizando reuniões em suas comunidades para debater o atual momento político brasileiro e as perspectivas eleitorais para o próximo ano.   O grupo é formado por lideranças da região norte da capital potiguar com experiência política comprovada pelas atuações em suas comunidades e por liderarem grupos sociais e entidades de bairro, além de realizarem trabalhos junto a movimentos urbanos com foco na melhoria da qualidade de vida dos habitantes da Zona Norte de Natal. Composto por pequenos empresários, aposenta

A diferença entre a sociedade e as “autoridades” vítimas do crime no estado

(Marcus Ottoni – jornalista)   É lamentável constatar que as ditas “autoridades” do Rio Grande do Norte só se manifestam e exprimem suas indignações e preocupações quando a corda arrebenta para o lado deles. Se assim não for, pouco se importam com o que acontece com a “plebe rude” que gera os tributos que custeiam, entre outras coisas, suas seguranças armadas para defesa de suas vidas e de seus familiares.   Enquanto os “terroristas urbanos” com atuação no estado tocavam o horror na sociedade civil desprotegida e assustada, roubando, assaltando, seqüestrando, assassinando e humilhando donas de casa, pais de família, trabalhadores, estudantes e até adolescentes, as ditas “autoridades” faziam mímica como os “três macaquinhos” que não ouvem, não vêem e não falam, embora conheçam o medo e o terror que se apossou da sociedade por culpa da omissão, incompetência e irresponsabilidade de um governo que disse que faria e nada faz para garantir a ordem, a segurança e a vida de todos que viv

Pai nosso de cada dia... é sempre dia de comemorar o dia do melhor amigo

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Jornalista Antonio Ottoni - (foto arquivo de família) (Marcus Ottoni – jornalista)   O "dia dos pais" é sempre comemorado no segundo domingo de agosto. Na verdade é para ser um domingo como outro qualquer se os seres humanos fossem normais e não meros consumidores nas estatísticas da entidades de comércio e protagonistas do aumento nos lucros nas empresas que vendem produtos masculinos na imensa variedade de artigos que alegram os empresários, iludem filhos e filhas e alegram pais com características mais materialistas do que espirituais.   Se levarmos em consideração de que o “dia dos pais” é um dia consagrado no mundo cristão como o dia para homenagear São José, pai de Jesus Cristo, temos uma boa razão para não mergulhar de cabeça na comercialização da data e frear a ganância dos empresários que também são pais e que, evidentemente, ganham presentes materiais no dia dedicado ao chefe da família, que, não necessariamente, reflete o espírito cristão da homenagem ao

Nós, jornalistas, não temos culpa pelo desastre do governo Robinson Faria

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Robinson Faria recebendo o apoio de Lula da Silva durante a campanha de 2014 (foto divulgação) (Marcus Ottoni – jornalista)   Senhor governador Robinson que faz de conta que Faria alguma coisa pela sociedade potiguar, e não faz.   É muita cara de pau querer justificar a incompetência de sua gestão culpando a imprensa pela divulgação dos crimes que são cometidos no Rio Grande do Norte. Nós, jornalistas, não inventamos histórias (nem estórias), apenas registramos para a população potiguar as estórias que acontecem debaixo das barbas de seu governo, contando histórias (e estórias) que lamentamos que ocorram todos os dias, em quase todas as cidades do estado, principalmente, na região da Grande Natal.   Se Vossa Excelência não se “apercebe” do problema grave por que passa a sociedade potiguar na questão da segurança pública, me permita dizer que o senhor vive num “Rio Grande do Norte de fantasia” tão distante da realidade que assombra, amedronta e aprisiona os cidadãos e cidad

Cobrar mais imposto de quem ganha mais é bom para o trabalhador e para o Brasil

(Marcus Ottoni – jornalista)  Não gosto muito do mantra lulopetista “casa grande e senzala” porque é utilizado pejorativamente, tem cunho racista e é parte do discurso demagógico daqueles que perderam a boquinha nas tetas suculentas do Poder Público, seja direta ou indiretamente a locupletação com recursos do contribuinte. Mas, tenho que admitir que faz sentido utilizar esse mantra no momento atual por que passa o país, para identificar, não uma disputa social entre brancos ricos e negros pobres, e sim a distorção da sociedade brasiliana cuja pirâmide social é composta apenas pelo topo e pela base, sem fatias intermediárias.   No topo situa-se a camada dos poderosos, dos abastados e dos privilegiados pelos interesses coorporativos que dominam a cultura brasiliana desde o tempo do país colônia quando um príncipe com dor de barriga deu um grito encerrando o ciclo do Império e inaugurando a República do Brasil, roubada e vilipendiada daquele tempo até os dias atuais pela casta nacion

A demonização das forças de segurança do país e a defesa do crime organizado

(Marcus Ottoni – jornalista)   É lamentável que o discurso “politicamente correto” implantado no Brasil a partir dos governos lulopetista de Lula da Silva e Dilma Rousseff tenha sido absorvido e incorporado ao dia a dia, não apenas pelas facções doutrinadas pelos esquerdopatas brasileiros, mas e também pela grande mídia nacional, alterando substancialmente a ordem das práticas sociais e garantindo àqueles que vivem à margem da lei e da sociedade de bem, direitos e condições especiais para operarem na criminalidade como se o crime fosse regra legal e a lei, uma exceção social.   Hoje, no telejornal “Bom Dia Brasil”, da rede Globo, vi a apresentadora Ana Paula defender, implicitamente, o desarmamento das policias militar e civil para evitar confrontos com criminosos na hora da abordagem porque há o risco de uma pessoa ser atingida pelo tiroteio. Ela usou, como âncora, o caso de um menino baleado que está internado há três anos vítima de bala perdida durante a tentativa policial de e