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Mostrando postagens de março, 2017

Carta aos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

Prezado senhor(a) Ministro(a) do Tribunal Superior Eleitoral Brasília – DF   Como brasileiro, cidadão em dia com sua obrigação eleitoral e preocupado com os destino do meu (nosso) país, tomo a liberdade de encaminhar para Vossa Excelência este e-mail que nada mais o é do que uma reflexão que acredito ser pertinente nesse momento em que a mais alta corte eleitoral do Brasil coloca em pauta o julgamento de uma ação denunciante de ilegalidades cometidas na campanha eleitoral de 2014 pela chapa Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB), candidatos a presidente e vice na aliança PT/PMDB. E o faço para que Vossa Excelência possa refletir sobre o assunto e se posicionar coerentemente com a limpeza ética e moral que está em curso no Brasil via “operação Lava Jato”.   No Brasil, a eleição majoritária, após a promulgação da Constituinte de 1988, quando reconquistamos o direito de eleger o presidente da República, no caso o alagoano Collor de Mello, em 1989, tem como princípio “amarrar” a chapa

Carta aos ministros do STF

Prezado senhor(a) Ministro(a) Supremo Tribunal Federal Meus respeitos como cidadão brasileiro.   Tomo a liberdade de encaminhar esse e-mail ao senhor(a) com o único intuito de colaborar com a reconstrução do país e com a limpeza moral de uma classe política corrompida, ao longo dos anos, por práticas antidemocráticas e condenáveis em todos os aspectos da dignidade humana, por terem em seus DNA o crime como ferramenta para a conquista de cargos eletivos e mantados que pouco ou quase nada, verdadeiramente, representam uma sociedade sacrificada por ações distorcidas de partidos e políticos sem qualquer escrúpulo ou decência para o exercício de um mandato conquistado por meio voto secreto dos cidadãos e cidadãs do Brasil.   Preocupa-me a questão do crime eleitoral que, agora, tentam tornar regra o que na legislação é posto como exceção, alterando o significado da lisura do pleito e da competição democrática que preconiza direitos iguais para todos os partidos e candidatos na con

Temer não entendeu nada do que disse a voz das ruas

(Marcus Ottoni – jornalista)   Não há nenhuma surpresa nos descaminhos que o governo de transição do Michel Temer vem seguindo. O atual presidente não entendeu nada do que disse a voz das ruas quando a sociedade encheu o país com manifestações cívicas pedindo o fim da era petista, a punição para todos (todos) os corruptos e corruptores, a limpeza ética e moral na atividade política, um Brasil em sintonia com os anseios da sociedade de bem plugado em um tempo novo com ações transparentes e o resgate dos três poderes da República.   Também não poderia ser diferente já que o PMDB não é um partido sério e muito menos honesto do ponto de vista da atividade política – que o diga a Operação Lava Jato. Além disso, incorporou em seu DNA o gens lulopetista ao longo do convívio fraterno com o PT de Lula e Dilma que o levou a atuar como coadjuvante importante no propinoduto da Petrobrás, idealizado e posto em prática pelo Partido dos Trabalhadores com ramificações em toda a base política

Quanto vale um voto na eleição?

(Marcus Ottoni – jornalista)   Para identificarmos o valor do voto de um cidadão potiguar na eleição, primeiro precisamos desmontar a falácia da importância do voto no regime democrático brasileiro. Voto democrático não é voto obrigatório com punição pela abstenção eleitoral. Voto obrigatório que pune o eleitor pelo não comparecimento na sessão eleitoral deixando, assim, de exercer a determinação da Justiça Eleitoral, não é democrático e nunca o será. Ao contrário, é ditatorial em todos os aspectos da imposição de normas de exceção à sociedade.   Voto democrático é o voto dado por livre e espontânea vontade pelo eleitor que decide ir votar numa eleição, seja para prefeito e vereador ou para presidente, governador, senador e deputados federal e estadual. Não ir votar é um gesto cidadão e faz parte do exercício pleno da cidadania nos regimes democráticos. Obrigar o eleitor a participar de uma eleição para não sofrer sanções legais é a excrescência dos regimes ditatoriais. E o Brasil

Brincando de gato e rato... e a sociedade pagando o pato

(Marcus Ottoni – jornalista)     Desde que a criminalidade aumentou assustadoramente no país, pouca coisa se fez para combater o crime organizado (olha que não estou classificando como grupos terroristas) que atualmente não está restrito ao comércio de drogas e armas e disputa do controle absoluto das comunidades onde se instalam as bases das quadrilhas que agem livremente no Brasil em todos os estados.   O governo federal brinca de gato e rato com os criminosos e faz de conta que os combate. A sociedade paga o pato vendo famílias serem destruídas e patrimônios conquistados com o suor do trabalho sendo roubados, alimentando a impunidade e ampliando o sentimento de impotência da sociedade frente ao caos social em que vive o brasileiro do bem, presos em suas casas e sem o direito de ir e vir com segurança.   E na mesma pisada vão os governos dos estados que justificam suas incompetências e omissões com a falta de recursos para aparelhar as forças de segurança locais e enfrentar os crimi

O PT, Lula e a eleição 2018

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  Lula e Dilma... o triste fim da era petista    (Marcus Ottoni – jornalista)   Desde outubro de 2016, praticamente dois anos antes das eleições do próximo ano, que o ex-presidente petista  Lula da Silva lidera as pesquisas de intenção de voto realizadas no Brasil com vista à disputa eleitoral para presidente da República, em 2018. O PT (Partido dos Trabalhadores) aposta na candidatura de Lula para reassumir o controle do Governo Federal e, a partir de 2019, dar prosseguimento ao seu projeto de poder interrompido com a desastrosa gestão Dilma Rousseff.   Na lista de presidenciáveis dos institutos de pesquisas a única novidade é o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), militar de carreira e identificado no universo político nacional como o representante da ultra-direita ou, para os esquerdistas radicais, um “político da ditadura militar” simpatizante do coronel Ustra. Os outros todos são figurinhas carimbadas da política nacional que pouco ou nada trazem de novidade em seus currícu

PPS/RN: ascensão e queda de uma legenda socialista

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(Marcus Ottoni – jornalista)   O Partido Popular Socialista no Rio Grande do Norte (PPS-RN) vem, ao longo dos últimos sete anos, enfrentando seu inferno astral pela falta de um mandato parlamentar o que o coloca em grande desvantagem no cenário político estadual. Herdeiro do legado do antigo Partido Comunista Brasileiro (PCB) nas lutas populares e participação efetiva nos grandes temas nacionais durante décadas, ora na legalidade, ora na clandestinidade, o PPS foi fundado no Brasil em 1992 com a extinção do PCB e, também no Rio Grande do Norte, nasceu como esperança de renovação política e alternativa para as transformações exigidas pela sociedade naquela época.   No Rio Grande do Norte, ancorado no mandato do seu único presidente, a partir de 2001, na época vereador de Natal Wober Júnior, e com quadros capacitados politicamente, o partido deu início a seu crescimento mesmo estando umbilicalmente ligado a uma das mais tradicionais forças políticas do estado: a oligarquia Alves, pa