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Mostrando postagens de abril, 2018

A Politicagem Fla Flu

(Marcus Ottoni – jornalista) Já vai longe o tempo em que os partidos políticos se organizavam para participar de eleições buscando definir programas de governo e posturas partidárias com relação aos assuntos de interesse nacional com foco na construção de alternativas para solucionar os problemas vividos pela sociedade e, com base nisso, melhorar a qualidade de vida da população promover o desenvolvimento do país, do estado ou mesmo do município. As alianças eleitorais tinham como fundamento a proximidade das ideias e a ampliação dos projetos numa soma de esforços, identidades políticas e interesse coletivo. As disputas se baseavam no confronto das alternativas apresentadas por cada candidato e davam ao eleitor a certeza de estar escolhendo o melhor para representa-lo, nos parlamentos ou nos executivos, de acordo com sua consciência e alinhamento com as propostas do candidato o qual ele escolheu para ser seu representante. Os tempos evoluíram e política mudou sua concepção part

Minha Brasília

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(Cristovam Buarque - Senador pelo PPS-DF e professor emérito da Universidade de Brasília (UnB)) Não escolhi sair de Recife, em 1970. As circunstâncias me obrigaram a ficar nove anos fora do Brasil. Em 1979, escolhi Brasília. Ela tinha 18 anos quando aqui cheguei. Já estava inaugurada, mas a Asa Norte, em cuja ponta fui morar, era bem vazia. Quase 40 anos depois, olho ao redor do mesmo apartamento em que moro até hoje e vejo uma cidade senhora, aos 58 anos, ainda incompleta. Cheguei com a disposição de dedicar minha vida à atividade acadêmica, entre aulas, pesquisas, escritas. Quando escolhi vir morar em Brasília, ela era uma cidade sem direitos políticos. Não elegia deputado distrital ou federal, senador ou governador. Brasília não tinha políticos próprios, apenas hospedava os que viessem de outras partes do país. Ao escolher Brasília, ao voltar dos Estados Unidos para o Brasil, entre outras opções que me foram oferecidas, a última coisa que eu imaginava era disputar eleição,

O aparelhamento dos poderes da República e a responsabilidade da sociedade de bem

(Marcus Ottoni – jornalista) A República acabou e todos os seus três poderes estão arruinados, desacreditados e desmoralizados. Não escapa um: Executivo, Legislativo e Judiciário. Todos jogados na vala comum da vergonha nacional e apodrecidos pela horda de criminosos que se instalaram nos poderes da República e deles fizeram a mais rentável atividade criminosa dos últimos tempos no Brasil de todos nós. Se há “honrosas exceções” não sei dizer, porque se existem alguns que não chafurdam na lama da corrupção e da roubalheira institucionalizada, estes, lamentavelmente, não escaparão da pecha de bandidos de colarinho branco e estarão fadados ao escracho popular, junto com os protagonistas de uma era de horror institucional e desmantelo social. Uma nação que troca de presidente e mantém o mesmo costume não é um país sério e com um destino fabuloso para cumprir. Até porque, o aquele que assumiu tem origem na pocilga de quem deixou o cargo e traz no DNA político a mazela da politicanalh

Crônica de um "profissional complicado"

(Marcus Ottoni – jornalista) Quando eu era pequeno e, entusiasmado pela alegria infantil, ajudava meu pai a montar seus anúncios para o jornal O Dia (ajudava é modo de dizer) ouvindo sempre com atenção redobrada ele resmungar coisas como “é preciso melhorar sempre”, “nada está perfeito enquanto não se conclui a ideia”, “não se deve usar apenas uma parte de nossa capacidade criativa”, “tem que esgotar todas as alternativas até chegar ao conceito de qualidade da criação”. Eu não entendia muito bem aquele amontoado de palavras que murmuravam frases durante seu trabalho na mesa da sala, ou mesmo na cozinha entre uma xicara de café, um Continental sem filtro e rabiscos e mais rabiscos em folhas alvas de papel. Muitas vezes ficava eu ali quieto a observa-lo traçando seus projetos e desenhando suas lógicas profissionais. Dormia, enfiado num pijama de flanela repleta de motivos infantis feito pela minha mãe e, quando dava por mim, estava posto na cama, agasalhado por um cobertor de lã por

Sexo frágil, uma ova!

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Foto montagem: imagens internet (Marcus Ottoni – jornalista) O conceito de que o sexo frágil é a mulher, está redonda, completa e universalmente equivocado. Na raça humana o sexo frágil é o homem. A mulher é o que de mais forte existe no mundo e em toda a história da humanidade, desde os mais remotos tempos. Classificar a mulher como a parte frágil da raça é o que se pode denominar de absurdo histórico e conceituação machista de uma sociedade cujo poder emana do homem, pelo homem é exercido e para o homem é direcionado. A mulher passa a ser coadjuvante nesse cenário e, o pior, é que encarna esse personagem estereotipado, assumindo assim uma condição subalterna e submissa. Mas dirão as feministas de carteirinha e os “machos” defensores de ocasião das mulheres, inseridos no falacioso discurso do “politicamente correto”, que essa realidade está sendo alterada pela luta por direitos iguais e ocupação de lugares de destaque para as mulheres na cadeia social, profissional e pessoa

Há muito mais na resistência à prisão de Lula do que apenas solidariedade

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(Marcus Ottoni – jornalista) “Deixo à sanha dos meus inimigos o legado da minha morte. Levo o pesar de não haver podido fazer, por este bom e generoso povo brasileiro e principalmente pelos mais necessitados, todo o bem que pretendia. A mentira, a calúnia, as mais torpes invencionices foram geradas pela malignidade de rancorosos e gratuitos inimigos numa publicidade dirigida, sistemática e escandalosa. Acrescente-se a fraqueza de amigos que não me defenderam nas posições que ocupavam, a felonia de hipócritas e traidores a quem beneficiei com honras e mercês e a insensibilidade moral de sicários que entreguei à Justiça, contribuindo todos para criar um falso ambiente na opinião pública do país, contra a minha pessoa. Se a simples renúncia ao posto a que fui elevado pelo sufrágio do povo me permitisse viver esquecido e tranquilo no chão da Pátria, de bom grado renunciaria. Mas tal renúncia daria apenas ensejo para com mais fúria, perseguirem-me e humilharem. Querem destrui

A derradeira noite de paz no Brasil

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Foto: Internet (Marcus Ottoni – jornalista) A noite do dia 4 de abril de 2018 poderá se transformar na derradeira noite de paz do povo brasileiro. Os ingredientes para jogar o país nas trevas do ódio e do confronto armado estão postos na mesa e o Supremo Tribunal Federal, com seus ministro vassalos de interesses inconfessáveis de criminosos de alta periculosidade, coloca a nação no fio da navalha.  Independentemente de qualquer decisão que os ministros do STF tomem ao julgar o “habeas corpus preventivo” da defesa do ex-presidente Lula da Silva, o país estará, mais do que nunca, mergulhado no caos institucional e político onde o inimaginável é o mais provável de se tornar realidade em curto espaço de tempo. Enfim, o que a esquerdopatia nacional vinha alinhavando desde o impedimento da ex-presidente Dilma Rousseff está prestes a se concretizar com a decisão do Supremo Tribunal Federal, seja qual for: a favor ou contra o condenado Luiz Inácio Lula da Silva. Desde que foi apea