O confronto político em 2012

O confronto entre o prefeito Antonio Peixoto e o ex-governador Geraldo Melo só não acontecerá nas eleições do próximo ano se Geraldo não tiver coragem para disputar a prefeitura de Ceará Mirim contra Peixoto. O confronto entre os dois políticos de expressão no município deverá trazer para as ruas a comparação dos governos das duas forças políticas em destaque no cenário municipal. E isso será excelente para o eleitor que, conhecendo as realizações de cada um, poderá decidir seu voto com o foco no futuro do município sem se preocupar com o retrovisor da história.
A Geraldo caberá dar uma prova de gratidão ao povo de Ceará Mirim colocando-se candidato a prefeito em 2012, já que a cidade, por longos 12 anos, acreditou no ex-governador e cravou seu voto nos candidatos da família de Geraldo, a irmã Terezinha e a esposa Edinólia, dando a elas a vitória nas urnas. Mesmo com a sombra do filho, Jerônimo Melo, alimentando a rejeição da cidade ao ex-governador, a candidatura de Geraldo Melo criará condições ideais para a comparação entre as administrações Melo e Peixoto. E é isso que o povo quer ouvir e conhecer.
Caso Geraldo se recuse a disputar a prefeitura contra Peixoto, estará zombando do povo que o acolheu e a seus parentes, e seguiu e, ainda segue, sua orientação política e preferência eleitoral. Será a Ceará Mirim, tão orgulhosamente falada pelo ex-governador, indigna de sua candidatura? Ou será que ser prefeito de Ceará Mirim é uma função menos nobre para Geraldo do que ser senador ou governador? Acredito que não. Ser prefeito de Ceará Mirim é uma honraria para qualquer político. Porque administrar a cidade de um povo hospitaleiro, alegre, solidário, trabalhador, combativo e altivo é de uma grandeza sem limite e enobrece o currículo do político que tomar posse do Palácio dos Antunes.
Também não acredito que Geraldo não seja candidato por questões financeiras, de idade, ou saúde. Esse discurso cai no ridículo porque esconderia a verdadeira realidade da negação de uma candidatura por parte do maior líder da oposição ao atual administrador de Ceará Mirim: medo de ser derrotado pelo prefeito Antonio Peixoto e quebrar a mística de que o ex-govenador ainda manda no vale verde de Ceará Mirim, onde dominou com sua poderosa usina de moagem de cana de açúcar, vontades e aspirações.
Essa sim seria a única e verdadeira razão para que o ex-governador Geraldo Melo deixasse de disputar a prefeitura contra Peixoto no ano que vem: medo de ser derrotado. A não ser que, diante de um acordo político desenhado e costurado em Brasília, a cidade não fique na partilha municipal dos interesses das “forças ocultas” para o grupo de Geraldo Melo. Aí, o ex-governador repetiria o gesto de 1996, colocando um candidato para perder, literalmente, como fez com a dupla Ruy e Ricardo na disputa pós Terezinha Melo contra o ex-prefeito Roberto Varela.
O melhor para a cidade é apostar na disputa entre Geraldo Melo e Antonio Peixoto para que os eleitores do município saibam quem fez o que durante o tempo em que administrou Ceará Mirim. Como diria o ex-presidente Lula: “vamos comparar para votar melhor”.

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