Reeleição de Carlos Eduardo para prefeito de Natal é ampliação do poder da oligarquia Alves

(Marcus Ottoni - jornalista)

  Se não é igual, a propaganda eleitoral de reeleição do prefeito representante da decadente oligarquia Alves na capital, tem tudo para se configurar como um clone de menor qualidade mas com o mesmo objetivo da propaganda da então candidata à reeleição à presidência da República, em 2014, Dilma Rousseff do PT, de enganar o eleitor e leva-lo a acreditar que, assim como naquela época com o “Brasil maravilha” pintado por Dilma (que depois revelou-se uma farsa e o maior estelionato eleitoral do história do país), a cidade do Natal é um paraíso e todos os serviços da Prefeitura funcionam como um relógio suíço, graças ao ato heroico do prefeito primo do ex-ministro Henrique Alves que resgatou a cidade das garras da bruxa má Micarla de Souza.
  Ele se apresenta como um “super-herói” capaz de reerguer dos escombros uma cidade destruída pela maldade da gestão que o antecedeu. Choramingando dificuldades e problemas estruturais que só ele, com sua “competência provada” teve capacidade de resolver e com voz de  “frade capuchinho”, imagem de “papa tupiniquim” embalado por um fundo musical de violinos e na frente de um painel de cor azul claro relaxante, o prefeito da decadente oligarquia dos Alves e primo do ministro pego pela “LavaJato”, tenta hipnotizar o eleitorado da capital com o “canto da sereia”, repetindo a estratégia petista da presidente Dilma Rousseff na eleição presidencial em 2014.
  Jura de pé junto que seu compromisso é com o povo da cidade e que não o substitui por acordos partidários ou interesses pessoais e políticos. Diz ainda que não se dobra a interesses dos partidos que o ajudam na gestão e que seu objetivo é ser reeleito para “fazer mais” pela cidade com um novo mandato que lhe dará mais quatro anos à frente da prefeitura de Natal. Palmas... É o representante da decadente oligarquia Alves ruminando seu projeto pessoal cujo eixo familiar é, caso seja reeleito, sua renúncia ao cargo de prefeito no início de 2018, passando a prefeitura para o primo Henrique Alves, via Álvaro Dias, e saindo para um briga política com seu maior desafeto na atualidade, o governador Robinson Faria, na disputa para o governo do Estado.
  Caso seja reeleito, o prefeito “super-herói” da decadente oligarquia Alves, primo do ministro pego na “LavaJato”, deverá trair o eleitor de Natal e cumprir o projeto da “Oligarquia Alves” arranjando uma desculpa manacunaimesca de que “foi convocado pelo povo” para salvar o Rio Grande do Norte das maldades produzidas contra o povo potiguar pelo “lado negro da força” e expulsar da governadoria o perverso comandante “Darth Vader”.  Acha assim que terá sua renúncia ao cargo de prefeito, depois de um ano da posse, absorvida e aprovada pelos eleitores traídos por terem acreditados em suas promessas e em sua palavra na eleição deste ano. Traição e estelionato eleitoral andam de mãos dadas na história de políticos carreiristas e representantes de oligarquias ultrapassadas.
  Nesse ponto, uma questão se coloca para que não reste dúvida sobre a palavra empenhada do prefeito representante da oligarquia Alves e primo do ministro flagrado pela “LavaJato” no propinoduto da Petrobrás: garantir sua permanência na prefeitura de Natal nos quatro anos de mandato caso seja reeleito prefeito da capital para o quadriênio 2017/2021. Como fazer? Registrar em cartório, com firma reconhecida e testemunhas idôneas, o compromisso com o povo de Natal de, caso seja reeleito e renuncie a prefeitura em 2018 para disputar o governo do Estado e, caso vença as eleições para governador em 2018, tenha o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral antes mesmo de ser diplomado como eleito governador do Rio Grande do Norte. Simples e honesto, não é?
  Bom, resta saber se o candidato da decadente oligarquia Alves, o tal “super-herói” que derrotou a bruxa má Micarla de Souza e salvou a cidade das trevas do apocalipse administrativo, vai topar o desafio do eleitorado natalense e registrar judicialmente seu compromisso com a capital e com o eleitor de Natal. Para quem esconde a logo marca e o nome do seu partido na propaganda eleitoral, o PDT,  porque o partido e suas lideranças defendem a permanência de Dilma e são contra o impeachment, acho meio difícil ele topar. Mas... em campanha acontece de tudo, inclusive momentos lúcidos de caráter, dignidade e hombridade.

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