Um país chamado Brasil e o “mantra golpista” da esquerdopatia lulopetista no impeachment
(Marcus Ottoni - jornalista)
O ano de 2016, cujo número cabalístico é 9 (2+0+1+6=9)*,
será marcado pelo fim do ciclo petista na gestão pública federal e o início da
transição de um período negativo administrativamente para uma nova ordem social
com o realinhamento da nação ao eixo democrático internacional e a
reestruturação das instituições brasileiras, principalmente os pilares da
democracia: Executivo - Legislativo - Judiciário, mundialmente desmoralizados
pela era lulopetista em seus 13 anos no comando do Brasil.
Aparecerá na história futura como o ano em que o Brasil reafirmou
ao mundo sua melhor característica: conviver festivamente com crises de
qualquer matiz. Será para as gerações do amanhã aquele ano cujo amadurecimento
da sociedade brasileira enfrentou com tranquilidade um processo de afastamento
de uma presidente eleita no mais “cabeludo” estelionato eleitoral da história
do país, jamais visto, relatado ou documentado todos os nossos 516 anos.
Mas será verdadeiramente o ano em que o Brasil ensinou ao
mundo sua modernidade democrática e sua convivência pacífica entre opostos e,
mais ainda, a contemporaneidade de um pseudo golpe de estado narrado ao mundo
pela esquerdopatia lulopetista ao ver o projeto de Poder do Partido dos
Trabalhadores ir esgoto abaixo para o lixo da história salpicado de ações criminosas
e discursos aloprados, além de prisões de líderes políticos e mega-empresários
brasileiros cumplices do governo cleptocrático do PT.
A narrativa de “golpe de estado” contra a petista de plantão
na Presidência da República aparecerá certamente nos livros de história e,
talvez seja contada em verso e prosa pelos poetas, cordelizada pelos
cordelistas nordestinos, descrita em tramas por escritores acadêmicos, cantada
por músicos dos mais variados ritmos e transformada em debates ideológicos
pelos mais radicais de ambos os lados: direita e esquerda, cada qual com sua
visão apequenada de nação democrática, livre e soberana. Aparecerá como “mantra
de desespero” e como “farsa aloprada”, tenho certeza.
E será enfim alvo de estudos intermináveis de sociólogos e
cientistas políticos de gabarito internacional tentando entender a modernidade
democrática do Brasil. Ao mesmo tempo em que promove um “golpe de estado”,
realiza uma olimpíada, prepara uma paralimpíada, continua jogando futebol, tem
samba nas esquinas, choro e rock´n´roll e vai às urnas para reeleger democraticamente
mais de 5600 prefeitos e uma centena de milhares de vereadores pelo país em
todos os 27 estados da federação. Isso sem falar na operação “Lava-Jato” que
prende poderosos e arrebenta a cada novo dia um esquema de corrupção na
administração pública brasileira.
Os intelectuais do futuro deverão se debruçar sobre o ano de
2016 com um olhar intrigante sobre a narrativa da esquerdopatia lulopetista
para buscar o entendimento de um “golpe” que cumpre todos os ritos determinados
pela Suprema Corte do país e está na Constituição de 1988, aquela em que o PT
se recusou a assinar por entender, segundo o então deputado federal Lula, que o
Congresso era uma “casa de picaretas”. Imagine se ele estivesse lá agora, o que
será que diria?
Mas voltando aos estudos dos intelectuais sobre o tal “golpe”. Dirão eles, após noites e dias debatendo o
caso, que o Brasil realmente é um país criativo e muito original em suas
tratativas institucionais e no entendimento democrático de suas leis. Um golpe
de estado que se estende por meses a fio dentro do Congresso Nacional,
transmitido por toda mídia nacional e internacional, com manifestações
espontâneas e livres de todos os parlamentares envolvidos na discussão e
votação do processo, com recursos diversos ao STF, com apelos a organismos
internacionais, com ampla defesa da ré Dilma Rousseff, com liberdade de
manifestação para a “tropa de choque” do lulopetismo no Congresso, com oitivas
da acusação e defesa, presidido pelo ministro presidente do Supremo Tribunal Federal
(STF) e assegurado em todas suas instâncias o direito da ré de expor sua
argumentação sobre o processo de impeachment em curso no Senado Federal.
A originalidade brasileira no tratamento de suas questões internas
será, sem sombra de dúvida, ressaltada pelos estudiosos do futuro. Porque, se
para a esquerdopatia lulopetista está sendo dado um “golpe de estado” para tomar
o governo federal do Partido dos Trabalhadores, há de se convir que narrativa
do tal “golpe”, além de carimbada como farsa, porque prova que o país, ao
contrário do mantra que eles entoam, vive seu melhor momento democrático com as
instituições funcionando em harmonia com a Constituição Federal, é uma estratégia
política cujo destino será o lixo da história.
* “Segundo os estudos numerológicos, aquele que atinge a
enêada, está bem próximo de atingir a manifestação divina nos três planos
fundamentais para nós, seres humanos: o mundo do espírito, o mundo da alma e o
mundo da matéria. A numeração decimal é baseada sobre o número nove. Nove é o
zero de um ciclo superior de numeração. Ele é, portanto, o começo e o fim, o
alfa e o ômega” Norma Estrella
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