Ou o Brasil acaba com os terroristas, ou eles acabam com a República

(Marcus Ottoni – jornalista)
 Os números não metem e reforçam uma realidade que todo mundo conhece e que o Poder Público teima em resolver paliativamente com medidas pontuais: o Brasil tem quase o dobro de presos que o sistema carcerário nacional suporta, são quase 700 mil presidiários para um total de menos de 400 mil vagas nos presídios brasileiros.
 Esse barril de pólvora tem um pavio curtíssimo que ao menor sinal de faísca, explode expondo tragédias como as de Manaus e Roraima. E, quando os motins e chacinas acontecem no interior dos presídios envolvendo apenados de diversas tendências terroristas e condenados por crimes variados, dos mais leves até os mais hediondos, o Poder Público reage mecanicamente para dar uma satisfação à sociedade e recolocar tudo na situação anterior a rebelião ou ao confronto entre as tendências terroristas que lutam pelo controle das cadeias.
 E a solução imediata proposta pelo Poder Público é sempre a mesma: desafogar o sistema carcerário liberando recursos para construção de mais presídios abrindo novas vagas para os condenados pela Justiça. Isso é necessário? Claro que é. Não como solução do problema, mas como ação paliativa para minimizar os efeitos gerados pela briga dos grupos terroristas brasileiros e, aparentemente, criar um clima de “segurança ilusória” para a sociedade.
 Construção de novas penitenciárias, por seu lado, revela a incompetência do Poder Público para resolver o problema da insegurança nacional que não está dentro das cadeias e sim nas ruas, nas cidades, nos estados, crescendo a olhos nus e transformando a sociedade em refém ou cúmplice no avanço dos grupos de terror que fazem dos municípios seus territórios de recrutamento e adestramento de jovens, homens, mulheres e autoridades públicas de todos os poderes e instância do serviço público. 
 Os motins, as rebeliões, os confrontos entre condenados nos presídios brasileiros são reflexos do movimento expansionista dos grupos terroristas (que o Poder Público e a mídia nacional teimam em classificar como “facções do crime organizado”) pelo país e mostram que a organização terrorista nacional é uma realidade e está se preparando para um confronto direto com as forças de segurança, ensaiando ações por todo território nacional como parte de seus treinamentos visando à guerra civil que virá, disso não tenham dúvida, caso o Poder Público continue a olhar o problema apenas como superlotação carcerária.
 Vale aqui fazer um parêntese sobre o assunto: se a população carcerária nacional está muito acima da oferta de vagas nos presídios do Brasil é porque a marginalidade está em franca expansão no país, crescendo assustadoramente e ameaçando não apenas a sociedade brasileira, mas, perigosamente, a soberania nacional já que os terroristas não disputam somente territórios urbanos para suas atividades. Eles têm como foco os poderes da República porque é nesse universo que consolidarão a pretensão de transformar o Brasil numa republiqueta de transgressão social com controle absoluto do país e de seus órgãos de comando.
 Resolver o problema da falta de segurança no Brasil passa, fundamentalmente, pela repressão as ações dos terroristas nas ruas das cidades com combate ostensivo aos grupos de terror, sem a franciscana política do “direito humano” que pune a sociedade e protege os terroristas. É preciso levar em consideração que leis mais duras e punições exemplares devem constar na lista da política nacional de segurança para que o problema nos presídios brasileiros possa ser normalizado com menos presos e mais vagas.
 A política de segurança tem que focar na redução das ações dos terroristas nas cidades, porque dessa forma corrige o problema da superlotação carcerária. Menos ações criminosas nas ruas, menos terroristas presos, mais vagas nas cadeias e mais segurança para a sociedade e garantia de uma Republica livre do confronto social que os grupos terroristas estão preparando com apoio e incentivo de organismos nacionais e internacionais interessados em tomar o poder no Brasil.
 Construir novos presídios, colocar bloqueadores de celular nas cadeias, etc são medidas paliativas que revelam uma postura covarde de um governo que não quer ver o que todos os brasileiros já enxergam claramente: o terrorismo avança a passos largos no país e a guerra civil está batendo em nossa porta. Ou o Brasil acaba com os grupos terroristas que agem nas cidades brasileiras ou eles acabarão com a República Federativa do Brasil.

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