Evolução do terror urbano: dos coquetéis molotovs as girandolas de rojões

 
Dos coquetéis molotovs aos lançadores de rojões (foto: internet)
(Marcus Ottoni – jornalista)
  Basta olhar as imagens das manifestações no Rio de Janeiro, agora em fevereiro, para entender a realidade do país nos dias de hoje e ter uma perspectiva sombria do que será o país alguns meses mais à frente. Os confrontos de rua entre manifestantes e policiais militares segue o roteiro do terror das grandes manifestações pré-impeachment de Dilma, quando grupos teleguiados e financiados por organizações radicais de esquerda praticaram atos de vandalismo explícito destruindo patrimônio público e privado, saqueando empresas e bancos, enfrentando as forças de segurança com todo tipo de artefato bélico de fabricação caseira e causando mortes de inocentes como o cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Andrade.
  O que estamos vendo agora, três anos depois, é o reencontro do terrorismo urbano com a oportunidade de estabelecer o caos social e aterrorizar a sociedade com ações muito mais criminosas e agressivas do que as deflagradas no passado durante as manifestações populares contra o PT, seus aliados e seus dirigentes, incluindo aí o PMDB do senhor Michel Temer. Naquela ocasião a estratégia dos terroristas urbanos, financiados pelo então Poder Federal nas mãos de Dilma e sua turma de corruptos, era tornar as ruas dramaticamente inseguras para enfraquecer o movimento da sociedade que exigia o fim da era lulopetista, a saída do PT do governo central e a prisão de todos os corruptos e corruptores, independente de qual sigla partidária eles estivessem filiados.
  Como ursos hibernados, os terroristas urbanos alinhados pela utopia comunista da esquedopatia nacional defendida pelos radicais de esquerda e os ressentidos e magoados outrora donos do poder, do dinheiro público e da consciência alheia, ressurgem das alcovas com a fome de poder potencializada e com reais oportunidades de estabelecer o caos social já que o atual governo não consegue estabelecer as verdadeiras mudanças que o povo exigiu nas grandes marchas populares em 2014 e 2015 em todo o país. Não consegue porque traz em seu DNA político a mesma composição do histórico condenável da política brasileira com os mesmos desvios de comportamento recheado com demagogias características de republiqueta latino-americana.
  A bem da verdade é preciso ressaltar que os desmandos administrativos causadores da instabilidade econômica e política no Brasil não é obra do atual governo, mas ele tem sua parcela de culpa na esteira das irregularidades do desgoverno petista, cuja participação deste e de todos os governos que antecederam ao momento trágico da desmontagem do país e suas estruturas políticas, empresariais, sociais e culturais pelo lulopetismo, foi de fundamental importância para a desgovernabilidade geral, ampla e irrestrita. O pior é que o atual governo está engessado pela virose da corrupção que atingiu todos os partidos que navegaram no lamaçal da corrupção institucionalizada por obra, graça e estratégia de poder do PT.
  Essa situação tira do atual governo as condições essenciais para guinar o país para um novo rumo como deseja a sociedade e como deixou claro nas manifestações que promoveu nas ruas  para por um ponto final na gestão de Dilma e sua turma. Sem horizonte e sobre um assoalho de ovos podres, o governo Temer é o objeto de consumo dos terroristas urbanos que ressurgem como “revolucionários” de uma guerra com objetivos escusos e consequências imprevisíveis a curto, médio e longo prazo.
  A situação nas cidades brasileiras vai piorar. Não apenas nas cidades, mas na zona rural também. A tendência é o levante a lá “boi de boiada” do campo e o acirramento das ações nas áreas urbanas com o crescimento do exército de terroristas, adestrados e bem preparados belicamente para enfrentar as forças de segurança do país, sejam as polícias militares nos estados, a Guarda Nacional ou as Forças Armadas. O confronto é inevitável por causa da inoperância do governo Temer, sua incompetência em compreender o delicado momento em que o Brasil está vivendo e sua completa insensatez no combate ao terror, tratando o caos urbano como se fosse apenas uma “refrega” entre grupos de traficantes de drogas e armas por mais espaços nas cidades para o comércio e controle urbano das comunidades.
  Como se diz lá pelas Gerais, enquanto o galo dorme, a raposa cava buraco na tela do galinheiro.

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