Ou o Brasil acaba com o terror, ou o terror toma conta do país
(Marcus Ottoni – jornalista)
Que ninguém se engane: o Brasil está caminhando a passos largos para a guerra civil num confronto de consequências imprevisíveis entre os terroristas e as Forças Armadas. O governo federal se mantém numa espécie de limbo observando os acontecimentos nesse início de 2017 com parcimônia e atuando apenas e tão somente quando provocado pelos governadores dos estados que vivenciam o caos social, fortalecendo,assim, as ações do terrorismo que age com liberdade e comando organizado, produzindo o efeito dominó do terror na federação.
É claro como água o orquestramento das ações terroristas em todo o Brasil. Parece estar em curso o que o ministro da Defesa Raul Jungmann temia quando falou no Congresso Nacional no final do ano passado: a formação do consórcio do terror. Embora os terroristas representem diversas facções com comandos próprios, eles se unificam no objetivo que é espalhar a insegurança e o medo na população obrigando a sociedade a se tornar refém do terror, e desestabilizar os Poderes Públicos desmoralizando os governos e as principais forças de segurança nos estados; as polícias, cujo histórico é de sucateamento, desprestígio e falta de condições de trabalho que garanta aos policiais o enfrentamento com os terroristas em igualdade de condições bélicas, legais e emocionais.
Uma radiografia desses 40 dias de 2017 mostra que a guerrilha urbana saiu de seus esconderijos (não apenas na periferia e favelas das cidades, mas também em organizações de cunho classistas e sociais), deixou a teoria da doutrina e ganhou a visibilidade das ruas potencializando suas ações, intimidando o Poder Público e horrorizando a sociedade. E quando se fala em “consórcio do terror” não se limita apenas a simples união de grupos de terroristas com atuação no país com o mesmo objetivo. Mesmo em campos opostos, os terroristas agem afinados para tornar o Brasil um território sem lei, sem comando político e transformado num campo de guerra urbana e rural, onde, claro levam vantagem por serem bem treinados, além da superioridade bélica.
Dos confrontos internos nos presídios entre grupos rivais de criminosos às ações de vandalismo, saques, destruição de patrimônio e o horror nas ruas de capitais brasileiras, o terrorismo envolve também os assaltos hollywoodianos a agências de bancos, dos correios e empresas de guarda e transporte de valores no interior e capital, ameaças no campo de destruição de torres de energia (https://www.youtube.com/watch?v=fywHUbSBGaw), bloqueio de rodovias, etc, e da contínua narrativa da desmoralização das polícias por entidades de classe, políticos e ONGs defensoras dos terroristas em todos os estados do país com apoio de grande parte da mídia omissa e comprometida com a doutrina esquerdopata do “politicamente correto”.
O que fazer, ou o que o governo vai fazer? Talvez essa pergunta esteja na cabeça de milhões de trabalhadores, empresários, donas de casa, estudantes, jovens, idosos, aposentados e até mesmo de crianças que não entendem por que devem viver atrás de grades sem direito a uma vida digna longe do terror que mata brasileiros e faz órfãos inocentes que assistem a impunidade se tornar regra e não mais a exceção numa sociedade livre e civilizada.
Desarticular todos os grupos terroristas parece não ser tarefa fácil. Até porque não se sabe se o governo monitora esses grupos ou se a preferência pelo “politicamente correto” é o recurso útil para deixar tudo como está e paliativamente colocar o lixo embaixo do tapete, fingindo que se está resolvendo o problema com construção de novos presídios, com os militares das Forças Armadas patrulhando as ruas das cidades, etc e etc e tal. Nesse agrada “gregos e troianos” os governos vão jogando para a plateia, garantindo à sociedade uma falsa sensação de segurança e empurrando o problema com a barriga até o ano que vem quando buscarão o eleitor para pedir voto para tentar se eleger e continuar “tudo como antes no quartel de Abrantes”.
Uma medida emergencial, se é assim que se pode classificar algo de emergência nesse caos urbano, seria valorizar imediatamente as polícias estaduais dando a elas um salário justo, garantias legais para combater o crime, condições de trabalho que garanta poderio bélico, viaturas, proteção física, treinamento para a guerrilha urbana e aumento do efetivo. É o mínimo que se pode pensar nesses momentos de terror nas cidades brasileiras. Além disso, reformar as leis que garantem impunidade aos terroristas, impondo penas mais duras e eliminando direitos que os terroristas não tem, porque não os reconhecem como direitos de uma sociedade ordeira, livre e trabalhadora.
Ao analisar o efeito dominó do terror nos estados brasileiros, com as ações no Rio Grande do Norte e como a situação foi aparentemente controlada em Natal com a presença das Forças Armadas, que agora se deslocam para Vitória, no Espírito Santo, onde os terroristas estão agindo nesses dias, fico a pensar se 15 estados da federação fossem alvo de ações semelhantes simultaneamente. O que os governos fariam? Tirariam os militares das casernas e ocupariam dezenas de cidades país à fora? Militares nas ruas passam alguma segurança para a população, mas desacreditam as forças policiais locais, já tão massacradas pelas campanhas destrutiva dos protetores dos terroristas e sucateadas pela incompetência dos governos. Isso não é bom para a sociedade, e nunca será.
Não quero aqui parecer um “emissário da desgraça” ou projetar o caos geral num futurismo negro. Mas não tenham dúvidas que mais cedo ou mais tarde, ainda este ano, vários estados estarão vivendo, ao mesmo tempo, o caos implantado pelo terror. É só o Poder Público fazer ouvidos de mercador para o que andam “sussurrando pelas alcovas, para o que andam conversando pelos botecos”...
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