É hora de julgar e condenar os bandidos dos três poderes da República

(Marcus Ottoni – jornalista)

  A sociedade brasileira se mostra totalmente indignada com a classe política brasileira, tamanha é a desmoralização da atividade no país, que coloca no mesmo charco podre políticos de boa índole, honestos e voltados para a construção de uma nação com mais ética, transparência e moralidade na atuação dos representantes eleitos pelo voto universal do cidadão e cidadã brasileira.

  Tudo que está aí, e faço novamente a ressalva de que há, poucos é claro, mas há políticos honestos nesse trigal de bandidos, tudo o que aí está é fruto de degeneração moral dos homens públicos e a total degradação da atividade política nacional, não apenas no Legislativo, mas, e sobretudo, no Executivo e no Judiciário. Os poderes da República faliram e se putrefaram pela promiscuidade e cumplicidade das organizações criminosas da qual fazem parte, em menor ou maior grau de periculosidade.

  Não há como construir uma nova ordem social e política com o que temos hoje nos três poderes da República. A faxina é geral, ampla e irrestrita no que concerne banir da vida institucional da nação todos os que integram os três poderes e, em efeito dominó, varrer para o lixo da história os atuais parlamentos estaduais e as hordas criminosas encasteladas nos órgãos do poder executivo nos estados da federação e no Distrito Federal.

  Recompor a atividade política passa pela certeza de que todos, todos eu disse, os partidos políticos com registro no Tribunal Superior Eleitoral e em franca atividade na vida nacional devem ser extintos e ter seus registros invalidados e seus integrantes cassados por tempo indeterminado para exercer atividade política ou cargo ou função em órgão público nacional, estadual e municipal. Todos os partidos se transformaram em covil de raposas prontas para assaltar o galinheiro e refastelarem-se em convescotes nababescos à custa do dinheiro do contribuinte.

  É preciso limpar o país e reorganizar a vida nacional sem esses pulhas criminosos que ao longo da redemocratização, desde a malfadada semidemocracia da Nova República do Sarney, já vinham pavimentando a estrada da roubalheira institucionalizada, propondo e aprovando leis de proteção as organizações criminosas que eles integram e, entre si, salvam-se por osmose e afinidades fora da lei. Corromperam não apenas a atividade política, mas toda a estrutura institucional da República ocupando postos chaves com intuito de criar salvaguardas constitucionais para seus crimes.

  O Brasil não aguenta mais conviver com bandidos. E não apenas bandidos das ruas, marginais da periferia, criminosos de baixa renda. A sociedade não suporta mais ser assaltada e agredida dentro de suas próprias residências pelas “autoridades constituídas”, cujo escárnio se faz presente diariamente no noticiário nacional por meio das mais diversas mídias que invadem os lares para humilhar e vilipendiar as donas de casa, os pais de família, o jovem empreendedor, a adolescente, a criança, o idoso e todos que se transformaram em escravos modernos de uma casta cretina e marginal que enriqueceu e continua a enriquecer à custa do suor e do sacrifício do povo brasileiro.

  É hora de dar um basta a tudo isso. É hora de acabar com a esculhambação nacional e frear o descaminho dessa patifaria brasileira e fazer com que a nação brasileira seja um país onde os criminosos, tenham ou não foro privilegiado, sejam ou não integrantes dos poderes da República, exerçam ou não representações políticas eleitos ou não, possam ser banidos da vida social e política do país para que a sociedade sem tutela de partidos ou entidades de classe possa, unida, criar o novo caminho para um Brasil mais justo, mais humano, desenvolvido, livre e soberano, não apenas como nação, mas como pátria de todos os brasileiros honestos e trabalhadores.

  Chega de ladrões governando o Brasil. Basta de criminosos escrevendo as leis do Brasil. É hora da sociedade julgar e condenar aqueles que protegem com o manto da impunidade as organizações criminosas que tanto mal fazem ao Brasil.