A Globo, a estratégia e o candidato plimplim



  (Marcus Ottoni – jornalista)
  Há alguns dias a rede Globo vem divulgando em seus telejornais um quadro que deverá ir para o ar em breve e que tem relação com a eleição deste ano, principalmente, a eleição para presidente da República quando a sociedade (coxinhas e mortadelas) demitirá da função o Michel Temer, deixado pelo lulopetismo como legado da desastrosa era PT no comando do país.
  É interessante entender o que está oculto no projeto denominado “o Brasil que eu quero”, cujos protagonistas serão milhões de brasileiros que habitam os 5.570 municípios em todo o território nacional e pinçados dos 207 milhões de pessoas que formam a população do Brasil. O projeto “candidato plimplim” tem como pano de fundo ouvir as opiniões dos brasileiros sobre qual o país que querem. 
  Os milhões de vídeos que serão encaminhados para a emissora devem compor um esqueleto dos anseios, queixumes e preferências dos brasileiros, montando um enorme caleidoscópio social e regional que refletirá, de forma realista, o pensamento coletivo da sociedade com relação ao que esperar do próximo presidente do Brasil, e como pensam que ele eleito deverá conduzir o país para um ciclo de paz, justiça, desenvolvimento e moralidade pública. 
  Esse universo de opiniões se tornará uma ferramenta muito importante para a construção do discurso e da plataforma de governo do “candidato plimplim”, ainda sem rosto e sem nome definido, mas que terá na ponta da língua e nos programas eleitorais a fala perfeita para ganhar a simpatia do eleitorado, já que estará dizendo o que, em tese, os brasileiros querem ouvir porque enviaram para a emissora suas necessidades para o pleno exercício da cidadania.
  Uma estratégia perfeita para ser posta em prática num ano eleitoral e quando afunilarem as candidaturas em uso partidário atualmente. A rede Globo tem plena consciência do profundo desgaste da classe política e da indignação da sociedade com todos os detentores de mandatos eletivos em atividade no país. Não apenas no governo central, mas em todos os estados da federação que estão corroídos pela corrupção e a irresponsável tarefa dos atuais governantes em quebrar seus estados por incompetência e escárnio explícito.
  A repulsa do povo brasileiro contra a classe política é inquestionável. Tirando os grupos dos cordões vermelho e azul (leiam-se coxinhas e mortadelas) e seus penduricalhos partidários, além dos movimentos sociais carimbados com suas ideologias decadentes, a sociedade busca uma nova ordem institucional longe das facções políticas nacionais que se digladiam na mídia e nas redes sociais defendendo, não a democracia ou a República, mas seus próprios interesses e os interesses inconfessáveis da politicanalhada internacional.
  Por isso é importante para a rede Globo conhecer as opiniões, os queixumes e anseios da população brasileira em todos os 5.570 municípios para poder elaborar, e elaborar bem, a fantástica ilusão de que o “candidato plimplim” é o mais preparado e competente para gerenciar o Brasil e levar o país ao seu “profético destino” de ser uma nação próspera, justa e a nova potência do atual milênio. A reboque do “candidato plimplim” a presidente, serão atrelados os “mais chegados” nos estados e aqueles que disputarão vagas nas Assembleias Legislativas, na Câmara Federal e no Senado da República. Todos alinhados ao discurso central do “candidato plimplim” e com falatório de acordo com as opiniões de seus conterrâneos enviadas inocentemente para a “fábrica de ilusão coletiva” no projeto “que Brasil eu quero”.
  Na verdade, os milhões de vídeos encaminhados para a rede Globo terão como único objetivo para a empresa interferir no processo eleitoral deste ano com o intuito de evitar que o eleitorado se deixe levar pelo mimimi de aventureiros de ocasião ou múmias políticas demagógicas e pensar que está ajudando o Brasil a sair da tenebrosa e desastrosa gestão lulopetista (agregue aí o Michel Temer como legado hediondo da era PT) elegendo mequetrefes desse naipe, quando na verdade estaria jogando uma pá de cal para enterrar de vez a nação. Isso não quer dizer que o “candidato plimplim” será o mais competente, mais preparado e melhor do que os outros.
  Há de se avaliar, ainda, que o “candidato plimplim” pode não estar nos quadros da emissora e que o “Incrível Huck” é apenas um “fake mal elaborado” jogado na corrida sucessória para angariar simpatia para a emissora e seu projeto político de governar o Brasil e, assim, ter sua estratosférica dívida financeira com a República perdoada e o dinheiro do contribuinte de volta a seus projetos empresariais para continuar influindo e manipulando a opinião do povo brasileiro.
  Dizia-se lá nas Gerais que “antes de ser mordido pelo lobo, a saída é urrar mais alto que a fera”.

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