A rede Globo e sua guinada para a promiscuidade escancarada


(Marcus Ottoni – jornalista)
Uma pergunta que tem incomodado a grande maioria da população brasileira nos últimos anos, principalmente, ao mais idosos, aqueles que hoje estão na faixa dos quarenta pra frente, é por que a Rede Globo de televisão deu uma quinada de 360 graus para a promiscuidade latente? Agride frontalmente os valores morais da sociedade brasileira e dissemina uma cultura de inutilidade inescrupulosa, sem falar na apologia à criminalidade fazendo de bandidos heróis de guetos e comunidades periféricas. Por que? 
A rede Globo começou a funcionar em abril de 1965, um ano depois da intervenção militar de 1964, no governo do Marechal Castelo Branco, eleito pelo Congresso Nacional para presidente do Brasil. O jornalista Roberto Marinho, fundador e dono da emissora colocou a rede globo a serviço dos governos militares de 1965 até 1985 quando a presidência voltou para as mãos dos civis.
Caracterizada como uma emissora da “família brasileira” pelos seus programas, suas telenovelas e com uma programação voltada para as tradições morais da sociedade com o respaldo da Igreja Católica Apostólica Romana do Brasil e, umbilicalmente, ligada a ela por ser o país uma nação católica em toda sua extensão territorial o que garantiu audiência para a emissora já que a família brasileira católica era assídua e fiel telespectadora da rede Globo.
Com total hegemonia sobre a população brasileira, a rede Globo se deu ao direito de moldar a sociedade de acordo com suas necessidades, influindo diretamente na vida da população em todas as áreas: costumes, tradições, cultura, esportes, modismos, economia, política, religião, ídolos e heróis que a emissora cunhava e personificava na sociedade até mesmo com “bordões” criados na tela da Globo que, meteoricamente, eram incorporados pela sociedade em todas as regiões do país.
Ao longo de sua existência a rede Globo fez e aconteceu com a sociedade brasileira, moldando-a a seu “bel prazer” e gerando estereótipos dos mais diversos, influenciando o voto nas eleições, mudando comportamentos e gerenciando suas necessidades com a criação de demandas para ela própria apresentar a solução para os problemas, mantendo, assim, a hegemonia da emissora junto a população, garantindo audiência e ibope, além é claro de um faturamento astronômico e do prestígio internacional que a alçou ao segundo lugar no mundo como rede de televisão comercial, atrás da norte-americana American Broacdcasting Company.
Por que então a rede Globo, antes uma emissora de viés católico e familiar, dá uma guinada para a promiscuidade, imoralidade e marginalidade em sua programação agredindo a sociedade com seus programas e suas atrações grotescas do ponto de vista cristão e ético? Puro escárnio? Interesses empresariais contrariados? Invasão de comunistas nos quadros da emissora? Por que transformar o Brasil num grande cabaré, gerando o caos, banalizando as tradições familiares e generalizando a promiscuidade e a bandidagem? Será a rede Globo uma emissora anarquista do novo século?
Não... talvez um pouco de cada um desses itens. Mas o grande e real motivo é o crescimento do universo evangélico brasileiro que nas últimas décadas pulou de pouco mais de 11% para algo em torno de 40% da população brasileira que trocou de religião, abandonando a Igreja Católica e migrando para as várias denominações cristãs que explodiram país a fora arrebanhando católicos descontes com os sem fim de escândalos envolvendo padres em atos de pedofilia pelos quatro cantos do mundo. 
Além do crescimento populacional das igrejas evangélicas, muitas delas se tornaram fortes concorrentes da Igreja Católica, não apenas roubando-lhes os fiéis, mas desfalcando-a de recursos antes dirigidos para a paróquias da Igreja Católica que foram parar nas contas milionárias das igrejas evangélicas. Além disso, uma das mais importantes denominações brasileiras concorre na área da rede Globo e vem, ao longo dos últimos anos, tirando telespectadores da emissora dos Marinhos. 
Essa situação, além de produzir queda nos índices do Ibope da rede Globo, capa o faturamento já que atrai grande parte dos anunciantes para a outra emissora, desfalcando o caixa da então outrora poderosa “Vênus Platinada” e colocando em xeque sua hegemonia. Juntando a ameaça empresarial com o êxodo dos fiéis da Igreja Católica, está pronto o caldeirão que ferve a guinada da emissora rumo a promiscuidade e a anarquia generalizada com a quebra dos valores morais da sociedade e o extermínio da família brasileira que vem ampliando seu ingresso no mundo evangélico tornando-se a família cristã do Brasil.
Para recuperar seu prestígio empresarial, sua hegemonia como primeira e única emissora da família brasileira e resgatar os milhões de fiéis que ingressaram nas denominações cristãs do país para a Igreja Católica, vale o jogo sujo da promiscuidade escancarada e a desmoralização dos valores cristãos. O projeto rede Globo/Igreja Católica tem como objetivo destruir o país e seus podres poderes, e a família e seus conceitos morais e éticos para no apogeu do caos reeditar o padrão Globo de qualidade, abençoado pelos cardeais da CNBB.

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