Lula candidato a presidente do Brasil
(Marcus Ottoni – jornalista)
O PT sabe que a Lei da Ficha Limpa coloca o ex-presidente Lula, atualmente presidiário condenado a 12 anos de cadeia, fora a disputa eleitoral para presidente da República. Isso é fato e ponto final. E os petistas sabem disso, como sabem os juízes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e os magistrados do Supremo Tribunal Federal (STF). Porém Lula é candidato e o PT não abre mão do registro de sua candidatura e da campanha “Lula presidente”.
A estratégia é muito simples e ficou evidente quando a defesa de Lula desistiu de tirá-lo da cadeia em Curitiba. Mantendo-o lá, atrás das grades, se cria a ideia de preso político, perseguido pelas “zelites” alinhadas aos banqueiros internacionais e a interesses capitalistas ianques sob a batuta do terrível Donald Trumph, cujos tentáculos no quintal latino americano movem o principal adversário do PT, o capitão Jair Bolsonaro.
Preso e candidato, Lula tem na ponta da língua o discurso que incendiará as multidões desassistidas, os pobres da periferia das grandes cidades, os miseráveis do campo, os oprimidos pela repressão policial, as minorias excluídas e todo esse exército que se mexe ao som do “Lula Livre” e do velho mantra da perseguição política do líder carismático que “roubou mas ajudou os pobres”.
Talvez tente se igualar a Mandela e “escreva” cartas da prisão para o povo brasileiro mobilizando as massas, pedindo resistência e voto para que ele seja novamente o presidente dos brasileiros para alinhar o país a Venezuela, Nicarágua, Cuba, México, Palestina, Correia do Norte etc etc, promovendo a redenção do projeto de comunização do Brasil e a socialização da miséria e da fome generalizada, além da dura repressão aos desafetos políticos e a todos que o humilharam por ele ter roubado a nação descaradamente, implantado a corrupção como programa de governo lulopetista e terminado atrás das grades.
Fará tudo isso mesmo que o TSE negue o registro de sua candidatura com base na Lei da Ficha Limpa. A manobra jurídica do PT é recorrer da decisão ao STF com todas as brechas que a lei e a astúcia de seus advogados permitirem e a “complacência” de alguns juízes daquela corte. Assim, com a candidatura sub judice, Lula continuará candidato e tocará a campanha sem qualquer cerimônia, sem se preocupar com a decisão final do Supremo Tribunal Federal, que se sabe será pelo indeferimento do registro da candidatura do presidiário.
Isso é o que menos importa, porque a morosidade de um processo desse levará o tempo necessário para que o dia da eleição se aproxime a velocidade da luz. Até lá, Lula estará candidato com todos os direitos que a lei assegura a qualquer cidadão que dispute uma eleição. Seus discursos gravados na cadeia deverão comover os mais desinformados e tonar-se mantra da legião de seguidores por todo o território nacional. Lula, mais do que ninguém sabe que lei não permitirá que ele se eleja presidente e, assim, não assumirá a presidência do Brasil em 2019.
Mas vai estar por todo o período candidato “sub judice” e isso é o que importa para ele, para o PT e para os comunistas de todo o mundo. A escolha do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, como vice de Lula, sinaliza muito bem o final do enredo desse samba canção do presidiário candidato a presidente do Brasil. Na ante véspera da eleição, no dia 5 de outubro, o PT retira a candidatura de Lula e Haddad assume o posto de candidato a presidente da República pelo partido. Porém, o TSE não altera os dados nas urnas eletrônicas mantendo a dupla Lula/Haddad, induzindo o eleitor a votar no Haddad como se votasse em Lula.
Uma estratégia bem pensada que pode colocar o ex-prefeito de São Paulo no segundo turno e tornar o resultado da eleição, em novembro, uma grande interrogação na cabeça dos brasileiros.
Nossa não acredito que ele vai concorrer as eleições? Isso é imoral.
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