Marisa Letícia não morreu. Está de cara nova vivendo nababescamente em Cuba

(Marcus Ottoni – jornalista)
Esta seria a manchete do ano e um dos mais importantes furos de reportagem, do bom jornalismo, em qualquer veículo de comunicação com a garantia da conquista do prêmio “Pulitzer”, outorgado a pessoas que realizem trabalhos de excelência na área do jornalismo. Realmente encontrar uma morta-viva do naipe da ex-primeira dama do petismo é um trabalho de excelência, sem sombra de dúvidas.
Vamos aos fatos: vítima de um AVC (acidente vascular cerebral) em fevereiro de 2017, a ex-primeira dama Marisa Letícia Lula da Silva não resistiu ao derrame cerebral e faleceu no dia 3 de fevereiro, no Hospital Sírio Libanês, com 67 anos. De acordo com os registros, teve as córneas, os rins e o fígado doados e seu corpo, depois de um funeral na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, em São Bernardo do Campo, foi cremado no Jardim Colinas numa cerimônia privada com a presença apenas dos familiares.
Na época muitas “fakenews” correram pelas redes sociais tratando a morte da “galega do Lula” como uma encenação macabra com viés político como forma de evitar o confronto da ex-primeira dama com o então juiz Sérgio Moro, no processo que apurava a propinagem no tríplex do Guarujá, onde Marisa Letícia aparecia como ré e teria que depor no processo como o fez seu marido, o presidiário Lula da Silva, encarcerado em Curitiba depois de condenado pelo TRF4 a 12 anos e um mês de cadeia.
Segundo as ditas “fakenews” da época, a encenação macabra da morte de Marisa Letícia teria dois objetivos: sensibilizar a militância lulopetista para a tragédia na vida pessoal do ex-presidente e atual presidiário; e evitar o confronto entre a “galega do Lula” com Sérgio Moro da Lava Jato. O que se viu foi a comoção nacional por parte dos petistas e agregados políticos pela morte da ex-primeira dama e a conotação de que ela havia sido vítima da operação Lava Jato pelas “calunias, perseguições e injustiças” a que Lula estava sendo vítima por parte do Ministério Público e do próprio juiz Sérgio Moro, incluindo aí, ela e seus filhos.
O que se seguiu foi, em primeira fase, a culpabilização da Marisa Letícia por todos os atos e fatos relacionados com o tríplex do Guarujá. Da compra a renúncia, das reuniões as decisões, das obras aos pagamentos das mensalidades, etc. Nada que se relacionou com o tríplex teve a participação ou orientação do Lula da Silva, e sim da Marisa Letícia. Foi ela a responsável por tudo e todos os movimentos junto as empreiteiras para modernizar o imóvel para a família desfrutar das belezas do mar de Guarujá, mesmo com a narrativa do Lula de que sua “galega” não gostava de praia.
Frustrada pela justiça a operação “culpa a Marisa” veio a condenação em primeira instância e, depois do recurso de Lula ao TRF4, o aumento da pena e a determinação da prisão do condenado na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba. Então veio o segundo ato do uso pirotécnico político da falecida primeira-dama do PT. Um showmício ecumênico na porta do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, onde o condenado Lula da Silva estava escondido há dois dias para evitar sua prisão pela Polícia Federal.
Vale salientar que essa pirotecnia ecumênica sindical populista foi uma exigência do condenado para se entregar à Polícia Federal para cumprir a pena de 12 anos e um mês de cadeia pela propinagem no caso do tríplex do Guarujá e que, em nenhum momento de seu longo discurso em tom de embriaguez contínua lembrou-se da sua "galega". Encarcerado em Curitiba há quase 11 meses, o presidiário Lula da Silva enfrenta outro processo na Lava Jato, agora sem o protagonismo do então juiz Sérgio Moro, relacionado ao sítio em Atibaia, outro presente da corrupção institucionalizada pelo PT e operacionalizada pelas empreiteiras amigas do “Rei”, do “Cara”, da “Divindade da seita lulopetista”. 
Mais uma vez, a operação “culpa a Marisa” colocada em prática tenta ludibriar a Justiça já que a falecida não tem como depor no processo, nem por intermédio da psicografia, para confirmar ou negar qualquer culpa a ela atribuída para livrar o presidiário Lula da Silva de nova condenação. Como seria o resultado dos processos da Lava Jato se a ex-primeira dama do PT, Marisa Letícia, estivesse viva e depusesse como ré nas ações do tríplex do Guarujá e no caso do sítio de Atibaia? Estaria ela também cumprindo pena na cadeia como cúmplice de seu marido? Quem sabe?
É bem provável que o título desse artigo nunca se torne real, não por parecer impossível e improvável que a “galega do Lula” esteja viva e desfrutando os prazeres da vida na ilha paradisíaca dos comunistas cubanos endinheirados e amantes das benesses do capitalismo que condenam e combatem da boca pra fora. Mas pelo fato do assunto não despertar interesse da mídia nacional ou em algum repórter discípulo do jornalismo investigativo, como aqueles profissionais que caçaram os nazistas fugitivos da Alemanha depois da derrota de Hitler na segunda grande guerra. Eles eram considerados mortos até que foram descobertos vivinhos e vivendo em atividades em vários países do continente latino americano.
Ou, talvez, porque esse assunto é considerado mais um episódio da “teoria da conspiração” como tantos outros que recheiam a história da política brasileira tipo Juscelino Kubitschek, Tancredo Neves, Celso Daniel, Eduardo Campos, Teori Zavascki, entre outros. Mas que seria uma manchete digna de um “Pulitzer”, seria sim.

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