Acabou a verba fácil, "plim-plim"
(Marcus Ottoni – jornalista)
O poderio global na área da comunicação se estabeleceu em
pleno regime militar, alcunhado pela esquerda brasileira como “ditadura dos
coturnos”, e se expandiu e consolidou-se ao longo dos últimos anos, sempre à
sombra do Poder Público, beneficiada com uma farta e cara publicidade do
governo federal, além de outros “incentivos” que a tornaram a emissora número
um do país em audiência e credibilidade.
Com os cofres abarrotados de recursos do contribuinte via
publicidade e empréstimos do governo federal, a emissora nascida no e pelo
regime militar passou a moldar o comportamento da sociedade brasileira como se
ela fosse a fiel representação do Divino que tudo sabe, tudo faz e tudo define.
Programas de entretenimento, novelas, telejornais, minisséries entre outras
atividades da emissora ganharam a simpatia e a anuência do povo brasileiro o
que garantiu à Rede Globo uma expansão recorde com afiliadas em todo o
território nacional.
A uniformização do comportamento social dos brasileiros foi
uma das estratégias da emissora para ter quase a unanimidade da preferência
popular, tornando-a a mais poderosa rede de televisão do país, com tentáculos
em todas as áreas da sociedade, principalmente, junto ao Poder Público;
federal, estadual e municipal, promovendo o que pode ser classificado por
controle absoluto do coletivo cognitivo da sociedade brasileira.
Para manter o poderio na área da comunicação televisiva e
com satélites em publicações impressas como o jornal do grupo “O Globo”, a
emissora, bem gerenciada pelo jornalista Roberto Marinho, soube transitar pelo
governo federal e explorar sua capacidade geradora de caos e de instabilidade
constitucional, de acordo com os interesses em jogo e com os benefícios
advindos da ação desencadeada pela emissora para o grupo de Roberto Marinho.
Nos últimos 53 anos a Rede Globo fez e desfez na política
brasileira e, também, na economia, pautando, principalmente, as ações de
parlamentares que integravam e integram o grupo seleto de políticos apadrinhados
pela emissora. Definiu eleições presidenciais, elegeu governadores, apontou
ministros da Comunicação, derrubou ministros, derrubou presidentes,
desconstruiu a honra de agentes públicos e cunhou rumos e descaminhos para a
sociedade brasileira que, como hipnotizada pelo “plim-plim” global, perdia sua
capacidade de análise e senso crítico e posicionamento independente.
A Rede Globo manipulou a seu bel prazer os governos federais
a que serviu. Enquanto agia na telinha, a emissora faturou cifras
estratosféricas e se destacou das outras emissoras anunciando o tal “padrão
global” mantido com recursos do contribuinte de forma legal, mas discricionária
em relação as outras emissoras de televisão que, pela estratégia da Rede Globo imposta
ao governo federal desde o regime militar, eram necessárias para mascarar a não
existência de monopólio na comunicação televisiva brasileira, sem, contudo, ameaça-la
na liderança.
Com a ascensão do Partido dos Trabalhadores ao Poder
Central, em 2003, o grupo Globo (TV, jornal e rádio) não desperdiçou a
oportunidade de continuar liderando a comunicação televisiva no país e aumentar
sua receita, ampliando sua participação nos benefícios estatais em troca da desconstrução
das tradições e costumes nacionais realizada pela emissora como contra partida
para não perder a liderança e os recursos do governo federal. A desmoralização
da família é a mais real prova da inclusão da Rede Globo no projeto criminoso
do PT e seus satélites.
Novelas, programas de entretenimentos, telejornais, minisséries,
programas educativos entre outros foram transformados em balcões de ilusões
comunistas onde a premissa de audiência é a desconstrução da família brasileira
e a demonização das oposições ao processo de comunização do país. Toda a
programação da emissora foi cooptada pelo comunismo e se constitui, atualmente,
na fiel doutrina marxista que não reconhece a religião, a livre iniciativa, a
propriedade privada, a meritocracia, a liberdade e a democracia, embora todos
os discursos da emissora sinalizem o contrário.
Toda essa mudança foi realizada com farta inserção de
recursos do contribuinte via publicidade oficial do governo federal na emissora
para que ela se portasse como uma TV estatal nos moldes das que atuam em Cuba, Rússia
ou China. É claro, cristalino como água de nascente o viés esquerdista da
emissora cujas ações respaldam o lado negro da sociedade distorcendo a
informação em detrimento do bom jornalismo.
Agora, quando se inaugura um novo tempo na comunicação
brasileira, demonstrado na eleição de outubro, a Rede Globo tenta emplacar sua
rotina de cooptação do governo federal com as velhas artimanhas de gerar o caos
e a desconfiança do povo brasileiro nas ações recentes do governo empossado no início
deste mês. A relação entre o atual governo federal e o sistema de comunicação
privado brasileiro mudou substancialmente e, nos postos chaves do Poder Público
estão homens de bem, incorruptíveis e determinados a mudar a história do
Brasil, principalmente na comunicação entre o Poder Central e a sociedade.
As redes sociais passaram a ser o canal de comunicação
governo/sociedade, sem desmerecer a imprensa tradicional brasileira, que deve se
fortalecer e se tornar plural sem o abismo de audiência e benefícios federais
existentes até 2018 entre a Rede Globo e as outras emissoras. A adesão da
emissora dos Marinhos ao projeto de comunização do país sob o comando criminoso
e antidemocrático dos governantes que antecederam Jair Bolsonaro na presidência
da República, revela o alto grau de periculosidade posto em prática ao longo da
era PT.
Os recursos publicitário do governo federal que ao longo dos
últimos anos “empapuçou” os cofres da Rede Globo deverão minguar para níveis
nunca antes desejados pela emissora. Além disso, há informações de débitos astronômicos
da Rede Globo para com a União referente a impostos e empréstimos que deverão
entrar na ordem do dia para cobrança judicial e, quem sabe, até mesmo sequestro
de bens da emissora para quitação dessas pendências.
Enfim, a “Vênus Platinada” entra numa fase aguda de sua
existência e deve, a partir da nova realidade, cerrar fogo contra o governo
federal nos mínimos detalhes das ações e projetos propostos pelo presidente,
seus auxiliares e, ainda, seus familiares. A expectativa é quando será o último
suspiro da emissora. Porque a audiência já está comprometida e deve despencar
junto a sociedade brasileira.
Comentários
Postar um comentário