Última Carta ao Presidente do Brasil

(Marcus Ottoni - jornalista)
Senhor Presidente, como um dos 58 milhões de eleitores que o elegeu, fico aqui pensando em companhia de Matilde, minha gata vira lata bem cuidada, vacinada, castrada e alimentada que ouve em silêncio minhas angústias com relação ao futuro do meu país, cuja perspectiva não é das melhores e é tão assustadora quanto os filmes de terror da minha infância na velha e querida Guanabara. Mas, voltemos ao que interessa.

O senhor acredita piamente que a esquerda voltando ao Poder lhe reservará um espaço na história contemporânea do Brasil como o presidente incorruptível, honesto, cristão, trabalhador, ético, democrata legitimamente eleito, patriota preocupado em desenvolver o país e proteger sua população criando condições para uma vida mais digna e o pleno exercício da cidadania? Acredita mesmo?

Senhor, não leve a mal meu questionamento e minhas incertezas nesse momento. Mas são frutos de uma realidade que jamais pensei estar vivo para assistir a tão violenta agressão contra o Brasil e a sociedade ordeira, trabalhadora e de bem desta nação. Principalmente contra aqueles que empreendem e os que precisam de trabalhar para levar o pão de cada dia para suas famílias. Sem falar, é claro, naqueles que são humilhados, encarcerados, vilipendiados em suas dignidades por gerarem empregos e emitirem opiniões e defenderem uma nação democrática, independente e soberana.

Senhor, estou acompanhando o desenrolar dessa novela terrorista que teve início tão logo sua posse foi concretizada na Presidência da República e que reuniu num grande caldeirão de vaidades uma justiça alinhada ao atraso, uma mídia perversa e corrupta, políticos com personalidades dúbias e interesses inconfessáveis, além de toda uma geração alienada por anos de doutrinação ideológica e perversão social. É difícil acreditar que esse pessoal que o combate está governando ilegalmente o Brasil e com todas as possibilidades de retomar o Poder Central e fazer da nossa nação uma pátria avermelhada, comunista e ditatorial, onde a máxima da politica suja se fará regra: “aos amigos as benesses do Poder, aos inimigos a Lei sob nossa interpretação”. Essa será a espada que cairá sob nossas cabeças se esse pessoal conquistar o Poder.

Por falar nisso, senhor Presidente, o senhor acredita verdadeiramente na lisura das eleições do próximo ano? Acredita que o resultado será o que sairá das urnas eletrônicas, com ou sem voto impresso? Acredita que a população estará do seu lado e lhe reconduzirá para um novo mandato na Presidência da República contra a vontade do “Reino das Togas”? Acredita nisso, senhor Presidente? Mesmo com todo o ativismo esquerdista do Judiciário, principalmente na mais Alta Corte do país? Mesmo com um ministro presidente do Tribunal Superior Eleitoral que faz “live” com os opositores e caluniadores do Presidente da República Federativa do Brasil, eleito democrática e legalmente pelo voto de 58 milhões de Brasileiros? Acredita?

Senhor Presidente, cá estou eu a importuná-lo com meus queixumes e minhas incertezas que acredito, eu e Matilde, que são os mesmos queixumes e incertezas de milhões de brasileiros honestos e trabalhadores. Não é que esteja decepcionado com o senhor por motivos banais ou porque sou um desertor do seu exército de eleitores e simpatizantes. Aplaudo seu governo e suas ações em todas as áreas da administração federal. Estais construindo um novo país e isso é relevante e importante para as gerações futuras. É nesse ponto que me perco da admiração e passo a angustia pelo que poderá vir a ser um país reconstruído nas mãos perversas do comunismo.

Eu imagino quanto deve pesar para o senhor ter que se submeter ao padrão “governo da toga”, principalmente dirigido por quem perdeu as eleições em 2018. Deve ser um fardo pesado ter que admitir que não se tem poder, estando legitimamente no Poder. O que me assusta é saber que o senhor tem a Constituição a seu favor e pode usá-la quando tudo o mais falhar ou for “falhado” pelos outros Poderes da República. Me permita algumas outras perguntas: acha mesmo que bater boca com personalidades inúteis da política brasileira, resolve o problema? Mandar recados na porta do Alvorada para os políticos adversários e para a mídia atrelada, resolve o problema? Ter medo de ser considerado um ditador por agir em defesa da sociedade de bem, resolve o problema?

Não senhor Presidente, não resolve problema nenhum essa estratégica utilizada pelo senhor ao longo dos últimos dois anos. Os problemas apenas se avolumaram e deram mais corpo aos esquerdistas marxistas e aos demagogos de ocasião. Se o medo é de passar para a história como ditador, esse é o menor problema que o senhor tem. Até porque disso o senhor já foi chamado, além de fascista, homofóbico, miliciano, nazista, genocida entre outros adjetivos que estão na lista dos marxistas comunistas para reescreverem a história pela ótica deles sobre o senhor tão logo eles retomem o Poder, via eleição fraudada ou guerrilha urbana.

Esse é o meu medo, senhor Presidente. Que eles voltem ao Poder com a sua cumplicidade pela omissão para não usar os dispositivos constitucionais que são prerrogativas do Chefe do Executivo Federal e Comandante em Chefe das Forças Armadas. Como bem o senhor diz: “uma decisão errada é melhor do que uma omissão”. Passe para a história como o presidente que salvou o Brasil do espectro comunista e garantiu ao povo brasileiro um futuro próspero, democrático com liberdade e respeito a Constituição.

Seja brasileiro nessa hora, senhor Presidente. O que importa para todos nós é que o presidente do Brasil, eleito democraticamente pelo povo para construir um novo país tenha coragem de ousar e não apenas arrumar o país para que a esquerda comunista desfrute do seu trabalho e aprisione, escravize e aterrorize o povo de bem desta grande nação que tanto amamos e queremos vê-la cumprir seu destino histórico como nação livre, independente, soberana e justa socialmente.

Cordiais saudações, senhor Presidente.

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