O tiro no pé, a pedrada no próprio telhado de vidro

 
O prefeito dos Alves sorridente com Dilma em dois momentos (Foto da esquerda: Canindé Soares)
(Marcus Ottoni) 
  Se o prefeito de Natal do PDT, Carlos Eduardo Alves (o prefeito dos Alves), não pirou o cabeção, como se diz na gíria quando alguém surta ou viaja na maionese, ou, ainda, se não foi pessimamente instruído pelo marqueteiro oficial do PDT, então ele está achando que o povo da capital do Rio Grande do Norte é totalmente alienado, desmemoriado, imbecil ou boi de boiada.
  As inserções do PDT deixaram o ufanismo aloprado de uma gestão incompetente em quase todas as áreas da administração municipal para partir para o ataque frontal ao Governo do Estado tendo como foco a falta de segurança que atinge todos os bairros de Natal, causa preocupação as famílias natalenses e coloca em risco a vida da maioria dos habitantes da capital do Estado, principalmente as donas de casa, os idosos e a juventude.
  Nas participações do PDT na “propaganda gratuita” nas redes de televisão, onde o partido é de um só político, o seu coronel proprietário e prefeito de Natal se apresenta com frases lidas no tele ponto e com cara de Sassá Mutema, personagem interpretado pelo ator Lima Duarte na novela “Salvador da Pátria”, em 1989, citando a insegurança na cidade como responsabilidade exclusiva do Governo do Estado que aumentou impostos e deixa a população a mercê da marginalidade.
  Mas o que mais torna hilário a fala do prefeito dono do PDT é a colocação pejorativa de que o governador Robinson Faria é aliado da presidente Dilma Rousseff, como se em algum momento desde a campanha eleitoral de 2014 o governador tenha negado sua proximidade com o PT e seus principais líderes nacionais como Dilma e Lula. E, subjetivamente, a fala do alcaide natalense tenta jogar em Robinson os pecados cometidos pelo PT nos escândalos que pipocam dia após dia envolvendo políticos de quase todos os partidos, empresários ligados ao governo e aloprados, lobistas e operadores da corrupção lulopetista.
  Se não é erro grosseiro do marqueteiro do PDT, responsável pela fala do prefeito na propaganda na televisão; se não é surto de alopradismo personalizado; se não é deboche do povo natalense; poderá ser enquadrado como tentativa desesperada e desqualificada para criar uma polarização com Robinson Faria levando a campanha eleitoral deste ano para o lugar comum do maniqueísmo político tão apropriado para o projeto pessoal e familiar do clã Alves.
Carlos Luppi e o beija mão de Dilma. Ciro toma bênção a Dilma
 Pior, ao tentar desqualificar o governo Robinson pela proximidade e afinidade com o governo Dilma Rousseff, o prefeito dos Alves esquece, ou acredita, que o povo não sabe que ele próprio e o seu partido comem na mão do governo cleptocrático do lulopetismo. O melhor exemplo da subserviência política a Dilma e Lula é o comportamento do presidente nacional do PDT, Carlos Luppi, e, mais recentemente, o ex-governador cearense, Ciro Gomes, recém-filiado ao PDT que desfruta da posição de “cacique pedetista”, fiel seguidor juramentado do governo petista, da Dilma e de Lula. E, por osmose, o próprio prefeito Carlos Eduardo Alves, do PDT, partido considerado um puxadinho do PT no Brasil.
  Ou seja, ao atirar pedra no telhado do Governo do Estado, o prefeito da capital acerta na sua própria cobertura de vidro, causando mais estrago em sua administração do que conseguir atingir seu objetivo de viabilizar a estratégia de polarização da pré campanha eleitoral entre ele e Robinson, já que o primo Henrique Alves, ministro do Governo do PT/PMDB, pode ser obrigado a lhe dar um puxão de orelha a pedido da presidente Dilma, fazendo o alcaide de Natal cair na real e engolir sua subserviência ao governo Dilma.

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