Cai a máscara da “Natal Maravilha” do prefeito Carlos Eduardo Alves

Tal qual Dilma com seu "Brasil Maravilha", Carlos Eduardo desmonta a "Natal Maravilha"

(Marcus Ottoni – jornalista)
  Se para muitos foi uma surpresa desagradável as medidas propostas pelo prefeito Carlos Eduardo Alves para resolver os graves problemas que o município atravessa e que foram ocultados durante a campanha eleitoral pelo então candidato a reeleição Carlos Eduardo Alves, para o blog e segmentos mais esclarecidos da sociedade a farsa da atual administração de Natal revelou apenas o estelionato eleitoral do qual os natalenses foram vítimas na eleição deste ano. Muito semelhante ao promovido pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2014 e denunciado durante toda a campanha aqui neste espaço.
  A “Natal Maravilha” massificada na propaganda eleitoral do PDT jamais existiu e tudo não passou de uma “jogada de marketing” para vencer a eleição, o que escancara a “nudez do Rei” e o “pinoquismo” do representante da decadente oligarquia Alves que não poupou mentiras e ilusionismo publicitário para enganar o eleitorado e conquistar mais um mandato como prefeito de Natal, que deve ter sua renúncia em 2018 para alavancar sua candidatura ao governo do Estado entregando a prefeitura para o PMDB do ex-ministro Henrique Alves, denunciado pelo Ministério Público Federal junto com o ex-deputado Eduardo Cunha. 
  Revelando agora, depois da vitória eleitoral, que a prefeitura acumula um rombo de quase 130 milhões de janeiro a setembro (déficit que já era do conhecimento da administração municipal durante a campanha eleitoral e foi manipulado para esconder a informação da população natalense) o prefeito Carlos Eduardo Alves propõe medidas de contenção de despesas que na verdade vão penalizar os servidores, os empresários e toda a sociedade natalense, já que causarão desemprego com efeito negativo direto na economia da cidade e, principalmente, na vida dos funcionários públicos da prefeitura de Natal.
  O fardo mais pesado caiu nas costas do funcionalismo público municipal que terá seu pagamento do mês trabalhado dividido em três parcelas durante o mês seguinte, dias 10, 20 e 30. Também terá aumentado sua carga horária em duas horas, passando de seis para oito horas diárias, o que significa redução de salário já que não haverá compensação financeira pelas horas acrescidas no expediente funcional. Isso no efeito oculto do não reajuste salarial para todas as categorias até não se sabe quando.
  Além disso, o prefeito da “Natal Maravilha” propõe o fim da isenção do IPTU para os imóveis alugados pela prefeitura (deveria descrever quantos são, onde estão, a quem pertencem e quanto custam para os cofres públicos mensalmente); fim da isenção de impostos para serviços hospitalares; fim do subsídio para as empresas da área da construção civil; e o fim do Proeduc, programa que financia bolsas de estudos para jovens carentes em universidades de Natal já a partir da sua posse no novo mandato em janeiro de 2017.
  Para quem dizia na campanha eleitoral que a “crise” havia sido superada, que Natal era uma cidade modelo para se viver, que os “servidores amigos” eram corresponsáveis pela maravilhosa e competente administração do PDT e que a população não deveria apostar na aventura de um novo gestor para não correr o risco de voltar a um passado desastroso, fica a certeza de que o “pinoquismo eleitoreiro” ainda produz efeito predatório no futuro das cidades brasileiras e em suas populações.
  Cabe agora a Câmara de Vereadores reprovar e rejeitar esse “ajuste de contas” do prefeito Carlos Eduardo Alves com a sociedade de Natal e buscar alternativas que combatam o desperdício dos recursos públicos da capital, preservando empregos, garantias e conquistas dos trabalhadores da prefeitura de Natal. Existem formas outras para equilibrar as finanças do município que não penaliza os servidores municipais e nem causam desemprego.
Vale ressaltar que entre as medidas encaminhadas pelo prefeito Carlos Eduardo Alves à Câmara Municipal para aprovação em regime de urgência, não há nenhuma menção a corte de cargos comissionados, redução do repasse aos vereadores, redução dos salários dos marajás “amigos do Rei” e do próprio “reizinho”, adequação dos festejos de fim de ano com a não contratação de artistas nacionais, etc...
  Vale ainda lembrar que o representante da decadente oligarquia Alves, o prefeito Carlos Eduardo Alves, é o sétimo prefeito milionário entre os 11 mais ricos do Brasil eleitos para administrar as capitais do país. Ou seja, nenhuma das medidas de arrocho para o servidor público municipal vai afetar nem o prefeito e, muito menos, os vereadores em fim de legislatura. 

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