O voto útil no Rio Grande do Norte

(Marcus Ottoni – jornalista)
Enquanto no Brasil o voto útil está migrando para a candidatura a presidente da República do deputado Jair Bolsonaro, PSL, atraindo eleitores de candidatos como Alckimin, Álvaro Dias, João Amoêdo, Marina Silva, Henrique Meirelles e os ainda indecisos, no Rio Grande do Norte o voto útil está sendo alvo dos “bolsonaristas potiguares” para as duas vagas ao Senado Federal, buscando atrair votos para candidatos com histórico de honestidade, competência, ficha limpa e, acima de tudo, alinhado ao pensamento do presidenciável Jair Bolsonaro.
Geraldo Melo
Nesse caso, dois candidatos se destacam para receberem os votos de eleitores de candidatos sem qualquer chance de elegerem-se e que fariam os eleitores perderem o voto ao optarem por eles. Geraldo Melo e o capitão Styvenson são considerados candidatos ao Senado com conteúdo e histórico bem próximos da bancada que dará sustentação política ao governo do presidenciável Bolsonaro, caso seja eleito no próximo dia 7 de outubro.
Geraldo Melo tem se colocado a favor de medidas que fazem coro ao discurso do Bolsonaro, como a redução da maioridade penal, por exemplo. O capitão Styvenson, embora navegue em uma candidatura de um partido que combate sistemática e levianamente Bolsonaro, tem seu histórico de policial militar e prega ideias semelhantes as de Bolsonaro em várias áreas da gestão pública. Os dois formariam uma dupla importante na bancada de apoio ao presidente na condução dos trabalhos no Senado Federal e no Congresso Nacional.
A ideia dos “bolsonaristas potiguares” é impedir que o Partido dos Trabalhadores aumente seu quadro de senadores do Rio Grande do Norte, ampliando a bancada petista na Casa e comprometendo as medidas que Bolsonaro deverá tomar para colocar o país em um novo rumo, principalmente contrariando interesses dos comunistas lulopetistas encastelados nos órgãos públicos federais. O PT, independente do resultado da eleição para governador do Estado, já tem um senador com quatro anos de mandato, o mesmo período que terá o governo de Bolsonaro. 
Capitão Styvenson
Por isso, a estratégia agora dos “bolsonaristas potiguares” é atrair os eleitores dos outros candidatos a senador para Geraldo e Styvenson garantindo a eleição de dois importantes senadores para Bolsonaro e contrapondo ao mandato do PT que poderá ter de volta a senadora Fátima Bezerra, caso perca a eleição para o governo do Estado, ou seu suplente, Jean-Paul Prates, que, embora seja considerado um “estranho no ninho petista”, faz parte do partido e deve acompanhar o PT em suas decisões.
Independentemente da posição oficial do PSL-RN cuja coligação o colocou junto com partidos com candidatos ao Senado Federal, como o DC e SOLIDARIEDADE, os “bolsonaristas potiguares” tem a exata dimensão da derrota desses candidatos com uma votação inexpressiva, como também sabem do insucesso dos outros candidatos de partidos como PODEMOS e PRTB. Por isso, os eleitores desses candidatos se tornaram alvo dos bolsonaristas locais para dar o voto últil para as duas vagas do Senado Federal, ajudando, dessa forma, a aumentar a bancada bolsonarista no Congresso e impedindo que o PT eleja mais um senador este ano.
Até o dia da eleição, a missão dos “bolsonaristas potiguares” é conquistar o maior número de eleitores para Geraldo e Styvenson. Já até cunharam uma máxima: “que me perdoem os aliados, mas o voto útil para ajudar Bolsonaro no Senado é Geraldo Melo e Capitão Styvenson”. 
Que assim seja! 

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